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07/06/2018

26ª Reunião Anual de Iniciação Científica no INI


Antonio Fuchs

A 26ª Reunião Anual de Iniciação Científica no INI começou, no dia 04 de junho, com a palestra do pesquisador do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Marcus Lacerda. Explorando o tema Passeando com Harry: decompondo e desconstruindo a rotina do jovem pesquisador, Lacerda abordou como é feita a aproximação do aluno de Iniciação Científica com seu respectivo orientador e os processos que levam o estudante a obter um resultado final positivo de seu trabalho. A sessão de abertura da RAIC foi coordenada pela diretora do Instituto, Valdiléa Veloso.

A primeira questão abordada por Marcus Lacerda foi explicar quem é Harry e por que passeando com ele, se referindo ao tema da exposição. O pesquisador disse que aprendeu a sempre dar um título de palestra que chame a atenção e atraia ao público, gerando curiosidade em todos. “Harry é o cachorro da minha família e eu descobri, ao adota-lo, que conforme ia andando, ele me acompanhava. Entretanto, enquanto eu seguia um rumo linear e reto, meu cachorro encontrava diversos caminhos e fuçava por diferentes cantos, porque ele é curioso. E o aluno de Iniciação Científica tem que seguir essa lógica. Nós obrigamos o estudante a ser igual a gente, falamos para manter o foco e se ater ao projeto quando, na realidade, ele precisa ser curioso e explorar novos caminhos para compreender que a rotina de uma pesquisa não é algo chata ou burocrática”, disse.

“O aluno, desde cedo, acha que vai descobrir algo grandioso formulando uma hipótese, escrevendo o objetivo, gerando resultados e publicando artigos. Estamos sim ensinando para o aluno um pouco de sistemática na pesquisa, só que muitas das descobertas científicas, e isso foi revisado recentemente em um artigo, ocorreram por acaso e não seguiram essa trajetória”, informou Marcus Lacerda.

Em seguida, o pesquisador apresentou uma série de dicas e processos de como deve ser feita a aproximação do aluno de Iniciação Científica ao orientador. Ele aprecia as abordagens realizadas através de e-mail ou em entrevistas cara a cara ou por Skype. Além disso, Lacerda considera positivo para o aluno participar das reuniões do grupo de pesquisa e ser voluntário nas pesquisas que estão em andamento no grupo que ele quer integrar.

"É necessário haver uma empatia entre orientador e aluno. Para tanto, o estudante deve conhecer os artigos do grupo desejado, saber trabalhar em equipe, assumir problemas como parte natural do dia a dia, ter fluência em outro idioma, preferencialmente o inglês, habilidades de redação, entre outros pontos. Tudo isso só traz ganhos para ele", ressaltou. Planejamento, geração e organização de dados, análise estatística, avalição crítica, além de uma boa comunicação científica e com a sociedade são pontos que também garantem ao aluno a chance de ser escolhido por um orientador de qualidade. "Na pesquisa, envolvam-se com pessoas sérias e competentes. Pesquise bem antes para saber escolher o orientador ideal para seu trabalho", afirmou.

Por fim, Marcus Lacerda destacou algumas vantagens que a Iniciação Científica traz para o aluno, como um melhor rendimento na graduação, o chamado fast track para a pós-graduação Stricto e Lato sensu, permitindo ao estudante que tenha um excelente trabalho migrar da IC para um doutorado, por exemplo, se for permitido na instituição de ensino que está vinculado, uma maior intimidade com a realidade do país, além de ampliar seus conhecimentos científicos através da participação de congressos e viagens para demais eventos ou atividades de campo. E encerrou: “apaixonem-se por aquilo que trabalham. Certamente os resultados serão sempre positivos”.

Por fim, a diretora do INI, Valdiléa Veloso lembrou a todos que estar na Fiocruz, mais especificamente no INI, é uma oportunidade única. “São poucos os lugares no nosso país que vocês vão encontrar um ambiente que tem em seu cotidiano uma pesquisa que passa pelo laboratório, que encontra o doente no ambulatório, que ajuda a construir uma base de dados, que interage com os estatísticos. É uma riqueza muito grande que temos a oferecer e quanto mais tempo vocês ficarem, mais experiências vão acumular e levar para suas vidas”, concluiu.

RAIC 2018

A 26ª Reunião Anual de Iniciação Científica no INI foi promovida pela Vice-direção de Pesquisa Clínica, de 04 a 06 de junho, e contou com a participação de 13 alunos, sendo 10 de iniciação científica (PIBIC), dois de estágio curricular e um de iniciação tecnológica (PIBITI), que apresentaram seus trabalhos em sessões orais divididas em quatro bancas com três avaliadores cada, além da exposição de um pôster.

Fotos: Antonio Fuchs e Mayara Aline

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