INI - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas

Terminou, no mês de setembro, a edição 2018 do Curso de Especialização em Monitoria de Ensaios Clínicos, promovido pelo INI em parceria com a Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz) e colaboração com a Drugs for Neglected Diseases initiative (DNDi). Quatro especialistas passaram a estar aptas a atuar em projetos de pesquisa clínica para saúde pública e seus trabalhos finais compreenderam temas como o uso de Cannabis para tratamento de epilepsia refratária, Vulnerabilidade de participantes de pesquisa, Ferramentas para avaliação de riscos de projetos clínicos e Gerenciamento de projetos na pesquisa clínica sob a ótica do patrocinador.

O curso proporcionou às alunas aprofundar temas relacionados à pesquisa clínica, como Boas Práticas Clínicas (BPCs), regulamentação ético-sanitária brasileira vigente, aspectos éticos nas pesquisas envolvendo seres humanos, entre outras questões. Ao longo de seis meses, com carga horária de 360 horas, as alunas tiveram a oportunidade de conhecer as atividades desenvolvidas dentro da Plataforma de Pesquisa Clínica/VPPCB, realizar visitas de monitorias em centros de pesquisa e atividades práticas com a Plataforma de Pesquisa Clínica do INI, além de participar de ações e iniciativas da Rede Fiocruz de Pesquisa Clínica e da Rede Fiocruz de Biobancos.

Participação do INI

“Nós atuamos em duas frentes, através do Ensino e da Plataforma de Pesquisa Clínica. As alunas ficaram um mês conosco na Plataforma do INI. Para que isso ocorresse, nós lançamos um edital para os laboratórios de pesquisa clínica do INI que quisessem ter um projeto monitorado por elas pudessem se inscrever. O ganho para os laboratórios é excelente porque passam a ter um olhar externo sobre o seu projeto de pesquisa monitorado por um grupo e, com isso, acabam melhorando a prática da pesquisa clínica no Instituto como um todo”, ressaltou a chefe da Coordenação de Pesquisa da Vice-Direção de Pesquisa Clínica do INI, Jennifer Braathen Salgueiro.

“O curso existe desde 2013 e está em sua sexta edição. Nas três primeiras edições ele era hospedado no INI por conta do certificado emitido pela Vice-Direção de Ensino. Quando criamos a Plataforma de Pesquisa Clínica passamos a atuar mais ativamente no curso, acompanhando a grade curricular, ofertando aulas e fazendo com que uma parte da formação dos alunos ocorresse em nossa unidade”, explicou Jennifer.

Esse foi o terceiro ano que o INI colaborou no edital para que seus laboratórios recebessem essa monitoria. O primeiro a participar desse processo foi o Laboratório de Pesquisa Clínica em Micobacterioses, o segundo foi o Laboratório de Pesquisa Clínica em Doença de Chagas e, em 2018, foi a vez do Laboratório de Vigilância em Leishmanioses.

O próximo edital para a Especialização em Monitoria de Ensaios Clínicos está em fase de elaboração e deve ser lançado no próximo ano. Jennifer informou ainda que a equipe da Plataforma de Pesquisa Clínica do INI pretende retornar, em 2019, aos laboratórios que participaram da monitoria e avaliar o resultado dessa prática.

Importância do curso

Desde sua criação, em 2013, a especialização em Monitora de Ensaios Clínicos já formou 19 profissionais. Destes, três atuam hoje na Plataforma de Pesquisa Clínica. Para os coordenadores do curso, Karla Gram e Arnaldo Couto, “é de extrema relevância para a Fiocruz ofertar um curso de formação de monitores com um perfil diferenciado como este, em que os alunos têm aulas teóricas com docentes altamente capacitados e atuam em atividades práticas supervisionadas de projetos de pesquisa clínica da Fiocruz. Nesta formação, os alunos têm a chance de aprender o teórico e aplicar na prática durante todo o curso, isso torna o aprendizado eficiente e dinâmico”.

* Com informações da VPPCB/Fiocruz

Foto: Virginia Damas (ENSP/Fiocruz)