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15/12/2021

INI recebe Prêmio Sergio Arouca de Saúde e Cidadania do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz


Texto: Antonio Fuchs / Edição: Juana Portugal / Fotos: Antonio Fuchs

Valdiléa Veloso, diretora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, recebeu em nome dos profissionais da unidade o Prêmio Sergio Arouca de Saúde e Cidadania, no dia 13 de dezembro, do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc-SN), em reconhecimento ao trabalho do INI no enfrentamento da pandemia de Covid-19. A solenidade ocorreu na tenda montada ao lado da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), no campus da Fiocruz. Valdiléa recebeu a homenagem das mãos de Lucia Souto, médica sanitarista e presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes).

Segundo a Asfoc-SN, o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas é uma referência no tratamento na pesquisa e no tratamento de doenças infecciosas, participando de ensaios clínicos nacionais e internacionais, sendo decisivo na pandemia da covid-19 com a construção, em sete semanas, do Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19, reunindo o que há de mais moderno em medicina de isolamento e oferecendo soluções de segurança e conforto aos pacientes e seus profissionais.

Em seu discurso, Valdiléa Veloso agradeceu, em nome de todos os profissionais do INI, o reconhecimento da Asfoc-SN pelo trabalho do Instituto em prol da sociedade brasileira na assistência, na pesquisa, no ensino, na defesa do SUS e da saúde como um direito humano e universal. “Saúde é democracia'', conceito criado por Arouca, e esse prêmio muito nos orgulha. Ao recebê-lo é impossível não evocar a trajetória de Sergio Arouca, médico sanitarista, militante político e uma das principais lideranças da reforma sanitária brasileira e que presidiu a 8ª Conferência Nacional de Saúde e a Fiocruz”, lembrou a diretora.

Valdiléa destacou que Arouca trabalhou pela democratização da Fundação em um momento delicado no país e foi fundamental para tornar o INI o que ele é hoje. “Em 1985, quando assumiu a Presidência da Fiocruz, havia a opinião dominante de que o Hospital Evandro Chagas (HEC) tinha um passado, pouco presente e nenhum futuro. Arouca não aceitou fechar o hospital, instituiu uma comissão para elaborar um projeto de reestruturação para o HEC e convidou a Dra. Keyla Belízia Marzochi para liderar esse trajeto como diretora. Poucos anos depois, o Hospital, conveniado com o Inamps, na época presidido por Hésio Cordeiro, se tornou uma referência na atenção e na pesquisa integrada em Aids. Uma pandemia que persiste até hoje e já ceifou a vida de mais de 34 milhões de pessoas no mundo”, afirmou. “Gostaria de destacar e agradecer o apoio que o INI sempre recebeu da Asfoc-SN em seu processo de desenvolvimento como unidade técnico-científica da Fiocruz, na luta constante por uma melhor estrutura, e pela decisão solidária de ceder o campo de futebol para a construção do Centro Hospitalar. A unidade chegou a contar com 173 leitos exclusivos para o tratamento intensivo de pacientes com quadro grave de covid-19. Desde maio de 2020, mais de 4.500 internações já foram realizadas e milhares de vidas salvas. Essa é uma vitória coletiva dos trabalhadores da Fiocruz. Com o fim da pandemia, o Centro Hospitalar manterá 140 leitos em operação permanente e contribuirá para a ampliação da capacidade da rede de saúde do estado do Rio de Janeiro na atenção à saúde dos pacientes com doenças infecto-parasitárias”, concluiu.

Assista a íntegra do discurso de Valdiléa Veloso no vídeo abaixo.

Prêmio Sergio Arouca e Medalha Careli

Criado em 2004, o Prêmio Sergio Arouca de Saúde e Cidadania é uma homenagem à memória e à obra do sanitarista na defesa da saúde pública no País, da garantia de direitos e do desenvolvimento da população. Já a Medalha Jorge Careli de Direitos Humanos, criada em 2001, homenageia pessoas ou entidades que se destacam na luta contra a violência e em defesa dos direitos humanos. Periodicamente, o Sindicato homenageia entidades e personalidades na luta em defesa da saúde pública, democracia e por direitos. Neste ano, a Asfoc também fez uma homenagem especial às vítimas e familiares da Covid-19 – entre eles, Diego Paixão de Oliveira, filho de Luiz Carlos de Oliveira, servidor do Instituto Fernandes Figueira (IFF) e vítima do novo coronavírus.

Confira a lista completa de pessoas e entidades condecoradas com o Prêmio Sérgio Arouca e a Medalha Careli:

16ª edição do Prêmio Sergio Arouca: Frente Pela Vida; Rio Pela Vida; CPI da Pandemia (o presidente Omar Aziz, o vice-presidente Randolfe Rodrigues, o relator Renan Calheiros e o senador Humberto Costa, por conta da atuação do parlamentar); Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro; Sociedade Brasileira de Bioética; Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia; Frente de Mobilização da Maré contra Covid-19; Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas; vítimas da Covid-19 (representantes que lutaram publicamente: Luciano Tolla e Tadeu Frederico de Andrade); Fórum dos Governadores (representado por Wellington Dias, do Piauí); secretária Municipal de Araraquara-SP, Eliana Mori Honain (representando as enfermeiras e técnicos em enfermagem e a luta dos municípios); os pesquisadores da Fiocruz Júlio Croda, Margareth Dalcolmo,  Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda e Adele Benzaken (os dois últimos excluídos da indicação para receber a Ordem Nacional do Mérito Científico); além de Felipe Gomes Naveca.

18ª edição da Medalha Careli: padre Julio Lancelotti; Articulação dos Povos Indígenas do Brasil; Grupo de Trabalho de Saúde Indígena da Abrasco; Servidores da Fundação Palmares; Coalizão Negra por Direitos; a vereadora do PSOL Erika Hilton (representante do movimento LGBTQIA+); Fórum de Pré-Vestibulares Populares do Rio de Janeiro; e Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM).

*Com informações da Asfoc-SN

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