Entre os dias 22 e 24 de agosto, o Rio de Janeiro sediou o VI Infecto Rio 2018, promovido pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e sua federada Sociedade de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro (SIERJ), reunindo especialistas de todo o país e do exterior para apresentar casos clínicos, descobertas relevantes e compartilhar experiências enriquecedoras com alunos e profissionais da área de saúde. O congresso é o maior evento regional de infectologia do estado e o segundo maior do país, e contou com expressiva participação de pesquisadores e alunos do INI nas mais diferentes atividades realizadas durante os três dias de debates.
Estiveram na pauta do VI InfectoRio temas como animais peçonhentos; arboviroses; HIV/Aids; hepatites virais; imunizações e medicina de viagem; infecções bacterianas; infecções relacionadas à assistência à saúde; infecções relacionadas à imunossupressão; infecções parasitárias e outras endemias; outras doenças virais; tuberculose e outras micobacterioses que contribuíram para as discussões nas mesas redondas, sessões interativas, apresentação de trabalhos científicos, além dos cursos pré-congresso.
Profissionais do INI integraram as comissões organizadora e científica do evento e estiveram presentes em diversas mesas redondas e simpósios satélites. “A atuação marcante de nossos pesquisadores, da concepção à realização do evento, denota sua importante inserção no diálogo entre os centros produtores de conhecimento e os profissionais de saúde que lidam diretamente no cuidado de pessoas, crucial para a educação permanente no SUS. Foi um encontro especialmente importante para residentes e alunos de pós-graduação e de iniciação científica que tiveram a oportunidade de debater seus achados com profissionais da ponta e outros pesquisadores em uma mesma ocasião, e de pensar a infectologia de uma maneira pragmática, que permita adotar condutas reais que gerem benefício direto à saúde da população dos pontos de vista individual e coletivo”, destacou Alberto Lemos, médico infectologista do Laboratório de Pesquisa em Imunização e Vigilância em Saúde (Livs/INI) e integrante das comissões organizadora e científica do congresso.
Durante a solenidade de abertura do congresso, a presidente da SIERJ, Tânia Vergara, destacou que "devido às baixas coberturas vacinais no país, além da influência de grupos antivacinas e a imigração em fronteiras, principalmente da Venezuela, o Brasil enfrenta novamente casos de doenças imunopreveníveis como o sarampo e a ameaça da volta da poliomielite. O trabalho para os infectologistas só cresce", mostrando que o papel desses profissionais é mais importante do que nunca no atual cenário epidemiológico brasileiro e mundial.
Residentes do INI recebem Prêmio Adrelírio Rios
No encerramento do congresso dois residentes do INI receberam o Prêmio Adrelírio Rios pelo primeiro e terceiro melhores trabalhos apresentados no evento. Ao todo foram aprovados para apresentação mais de cem trabalhos.
O primeiro lugar ficou com o trabalho Influência da infecção pelo HIV na apresentação e no desfecho da sepse em pacientes hospitalizados no Rio de Janeiro, Brasil, de Juliana Neves Ferreira de Oliveira, orientanda da pesquisadora Cristiane Lamas. O terceiro lugar foi para Hugo Henrique Alves Ferreira, com o trabalho Associação de fatores comportamentais e risco de hepatite A num grupo de homens que fazem sexo com homens (HSH) nos últimos 12 meses no Rio de Janeiro, orientado por Alberto Lemos. Cristiane Lamas e Alberto Lemos integram o corpo docente do Programa de Residência Médica do INI.
“É um orgulho para o nosso Programa de Residência Médica que dentre tantos trabalhos analisados dois residentes tenham obtido tamanho destaque, sinal de que estamos nos saindo bem na orientação em aspectos assistenciais e científicos desses médicos", encerrou Alberto Lemos.