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Mesa redonda debate a importância do planejamento estratégico para a Ciência, Tecnologia e Inovação

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) promoveu, no dia 25 de agosto, a mesa redonda Prospectiva, Políticas e Pandemias para lançar a versão em português do livro Prospectiva para Ciência, Tecnologia e Inovação. A obra, publicada pela Editora Fiocruz, [1] preenche uma lacuna na literatura relacionada aos chamados estudos do futuro, em âmbitos nacional e internacional, contribuindo para planejadores, gestores, formadores de políticas e tomadores de decisão engajados nas políticas de ciência e inovação. O encontro virtual, transmitido pela VideoSaúde Distribuidora [2], contou com a participação dos autores da publicação, Ian Miles, Ozcan Saritas e Alexander Sokolov, e as presenças de Valdiléa Veloso, diretora do INI, Juliano Lima, chefe de Gabinete da Presidência da Fiocruz, e Valdir Ermida, chefe do Serviço de Planejamento do Instituto e tradutor do livro.

Abrindo o painel, Valdir Ermida agradeceu ao programa Ciência sem Fronteiras, uma vez que a tradução para português do livro é resultado direto dessa iniciativa por conta do doutorado que realizou na Universidade de Manchester, entre 2013 e 2017, com o professor Ian Miles. “Em decorrência dessa interação, estamos lançando a obra como um importante retorno à sociedade brasileira do investimento feito pelo Programa na geração de novos conhecimentos”, explicou.

Juliano Lima, chefe de Gabinete da Presidência da Fiocruz, destacou que a Fundação Oswaldo Cruz é hoje a instituição da área científica e tecnológica com maior destaque na América Latina, tendo um  papel importante na formulação de políticas e no desenvolvimento de ações voltadas para a melhoria das condições de vida e saúde da população brasileira, defendendo que o caminho para o desenvolvimento com justiça social precisa estar ligado a um tripé que inclui saúde, ciência e educação. “A publicação traz uma contribuição valiosa para esse momento do Brasil, não apenas  no campo da saúde, mas para todas as áreas, uma vez que o pensamento e a ação precisam estar orientadas para o futuro que queremos construir. E os estudiosos do planejamento, da ciência, tecnologia e inovação ganham a oportunidade de acesso a um dos mais sólidos trabalhos no campo da prospectiva, que muito poderá contribuir para os trabalhos de formulação e implementação de políticas públicas no Brasil”, afirmou.

“Só temos a agradecer aos autores do livro por compartilharem e nos darem a oportunidade de estar nesse lançamento no Brasil, disseminando o conhecimento de uma publicação extremamente importante no campo dos estudos do futuro”, destacou Valdiléa Veloso em sua fala inicial. Segundo a diretora, o INI tem a tradição de trabalhar com planejamento estratégico em diferentes cenários e incorporando diversos atores no processo e a obra traz exemplos importantes de como é possível aprimorar, ainda mais, esse tipo de pensamento nas ações de futuro para a unidade. “O livro vai contribuir para que nós avancemos na prospectiva. Não podemos nos prender no momento atual, de muito imediatismo. Temos que pensar no futuro, e ele começa agora com o que precisamos fazer para chegar aonde queremos, principalmente no Brasil”, salientou Valdiléa.

Em suas intervenções, os autores da obra, Ian Miles, Ozcan Saritas e Alexander Sokolov destacaram que prospectiva, futuro e pandemia estão intrinsecamente ligados e que é necessário uma visão sistêmica para entender como a atual pandemia de Covid-19 está agregada a demandas globais, geopolíticas, modos de produção, inclusão social e atividades econômicas. “Vivemos uma sindemia envolvendo questões epidemiológicas, sociais, econômicas e políticas. Estamos tentando melhorar o futuro, não apenas prever o que vai acontecer, mas tentar informar como as atividades atuais estão influenciando o futuro a longo prazo para escolhermos as coisas certas a serem feitas”, disse Ian Miles. Para Ozcan, a publicação não é voltada apenas para aqueles que trabalham com prospectiva, mas foi elaborada para juntar todos os atores que se preocupam com o amanhã, dando instrumentos e ferramentas para pensar o futuro. “Temos que olhar para frente e tomar medidas necessárias antes de surgirem novas ameaças. Este futuro tem que ser projetado com imaginação e criatividade”. Por fim, Alexander Sokolov lembrou como a prospectiva está ligada às ações estratégicas e decisões políticas, principalmente as científicas e de inovação. “É necessário também engajar as pessoas para trabalharem com a lógica da prospectiva. Apresentamos exemplos de onde essa prospectiva pode ser aplicada, seja em empresas, governos ou na sociedade como um todo, sempre com pensamentos a longo prazo”, concluiu.

“O processo coletivo fortalece a nossa instituição e adotar uma cultura para pensar o futuro mostra que temos que estar prontos para nos adaptar e atuar em diferentes cenários. Isso ocorreu agora com a pandemia de covid-19 e, de certa forma, o fato de termos utilizado essa metodologia no nosso planejamento estratégico contribui para que o INI estivesse mais preparado para enfrentar esse cenário adverso que aconteceu”, afirmou Valdiléa Veloso, e em seguida encerrou a mesa destacando a necessidade de uma construção coletiva para se pensar as ações estratégicas para o futuro do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas frente aos novos desafios que venham a surgir.

Confira, nas telas abaixo, a íntegra da mesa redonda Prospectiva, Políticas e Pandemias.

Português

Inglês

Sobre os autores:

Chefe do Laboratório de Economia da Inovação da Escola Superior de Economia (HSE), em Moscou, Ian Miles é também professor de inovação tecnológica e mudança social na Escola de Negócios de Manchester, Universidade de Manchester (Reino Unido), onde concluiu o doutorado em Inovação em Serviços. Miles tem licenciatura em Psicologia.

Pesquisador sênior do Instituto Manchester de Pesquisa em Inovação, da Universidade de Manchester, Ozcan Saritas é professor de inovação e estratégia na Universidade Nacional de Pesquisa da Escola Superior de Economia (HSE), em Moscou. É também editor-chefe de Foresight – jornal de estudos sobre futuros, pensamento estratégico e política.

Alexander Sokolov é vice-diretor do Instituto de Estudos Estatísticos e Economia do Conhecimento, da Universidade Nacional de Pesquisas da Escola Superior de Economia (HSE), em Moscou. É diretor do Centro de Prospectiva Internacional da HSE, onde é também professor titular.

Livro Prospectiva para Ciência, Tecnologia e Inovação - Editora Fiocruz

​Formato impresso: https://bit.ly/3sJjGeu [3]

​Formato digital: http://books.scielo.org/id/vyq7h [4]

* Com informações da Editora Fiocruz

Crédito: 
Texto: Antonio Fuchs / Edição: Juana Portugal
Galeria de imagens: 
Chamada para destaque: 
Evento marcou o lançamento do livro “Prospectiva para Ciência, Tecnologia e Inovação” pela editora Fiocruz, em 25/08, e contou com a participação dos autores, da diretora do INI, Valdiléa Veloso, e Juliano Lima, chefe de Gabinete da Presidência da Fiocruz
Imagem para destaque: 
Data de publicação: 
08/31/2021

Source URL:https://www.ini.fiocruz.br/mesa-redonda-debate-import%C3%A2ncia-do-planejamento-estrat%C3%A9gico-para-ci%C3%AAncia-tecnologia-e-inova%C3%A7%C3%A3o

Links
[1] https://portal.fiocruz.br/editora-fiocruz [2] https://www.icict.fiocruz.br/content/videosaude-distribuidora-da-fiocruz-1 [3] https://bit.ly/3sJjGeu [4] http://books.scielo.org/id/vyq7h