Os pesquisadores do Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatologia Infecciosa (Lapclin-Derm) do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) marcaram presença no 76º Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O laboratório enviou três trabalhos na categoria dissertação e tese, dos quais todos foram aprovados para apresentação oral e dois premiados. O evento foi sediado em Florianópolis (SC) e aconteceu nos dias 07 a 09 de setembro, reunindo diversos especialistas, nacionais e internacionais, para discussão e abordagem da aplicação prática de temas importantes para a saúde na área dermatológica.
A dissertação de mestrado Manifestações Dermatológicas da Covid-19: Correlação Clínico-Laboratorial e Prognóstica em Pacientes Hospitalizados em um Centro de Referência para o Tratamento de Covid-19, do médico dermatologista, Cássio Serafini, levou o primeiro lugar, com a orientação de Dayvison Freitas e Priscila Marques de Macedo, pesquisadores do Lapclin-Derm. Dayvison falou sobre o processo de pesquisa do trabalho premiado “Esse trabalho foi intenso em um momento crítico da pandemia de covid-19, com recrutamento de participantes entre junho e novembro de 2020. Foram incluídos 1000 pacientes examinados por três dermatologistas do projeto, sendo que 139 apresentavam lesões dermatológicas suspeitas de associação com a covid.”, explicou.
O segundo lugar ficou com a dissertação de mestrado Esporotricose em Pacientes Pediátricos: Estudo Retrospectivo em uma Instituição de Referência, 1998 a 2018, da médica pediatra, Renata Cardoso, orientada pelo médico dermatologista e pesquisador do Lapclin-Derm, Dayvison Freitas. O trabalho de Renata, pela Pós-graduação em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), estudou os casos de esporotricose pediátrica do INI. Dayvison falou sobre a importância dos resultados da pesquisa “Este projeto foi uma análise da nossa casuística do INI, de mais de 20 anos de grande experiência acumulada. Sou docente também na Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC e essa parceria gerou resultados enriquecedores para profissionais de saúde do Brasil e de outros países que tenham casos de esporotricose. Houve 87,1% de cura dos pacientes estudados, 12,9% de perda de seguimento e não observamos óbitos.", afirmou.
O trabalho de doutorado Esporotricose Grave Tratada com Anfotericina B: 20 Anos Estudo de Coorte em Área Endêmica de Transmissão Zoonótica, da médica dermatologista, Vivian Fichman, com orientação dos pesquisadores do INI, Maria Clara Gutierrez Galhardo e Rodrigo de Almeida Paes, foi selecionado para apresentação oral. Vivian falou sobre a importância do estudo “Houve grande produção de artigos científicos e resultados importantes para avaliação dos pacientes com esporotricose grave. O INI, enquanto instituição de referência para o atendimento e pesquisa da esporotricose, acumula grande expertise no estudo dos casos e do agente causador da doença, Sporothrix brasiliensis. Essa tese traz análises dos casos e do perfil molecular e de sensibilidade aos antifúngicos dos fungos isolados das lesões.", concluiu.
Na categoria investigação, do prêmio Professor Doutor Jorge de Souza, o primeiro lugar ficou com o Ensaio Clínico Multicêntrico, Randomizado, Controlado de Avaliação da Eficácia e Segurança no Tratamento da Leishmaniose Cutânea com Antimoniato de Meglumina por Via Intralesional Versus Sistêmica, do pesquisador do Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses (LaPClin VigiLeish) do INI, Marcelo Lyra.
