INI - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) marcou, nos dias 09 e 10 de novembro, mais um ano de sua existência com o Simpósio INI 105 anos. Evento reuniu pesquisadores e convidados que participaram de mesas-redondas e debates sobre as atividades realizadas no Instituto. Encontro aconteceu no auditório do Pavilhão do Ensino- dentro do campus da Fiocruz em Manguinhos no Rio de Janeiro (RJ), com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do INI.

A diretora do INI, Valdiléa Veloso, iniciou as boas-vindas aos convidados no primeiro dia do Simpósio “As palavras são de agradecimento a cada trabalhador, cada trabalhadora do INI, pelo trabalho cotidiano, pela dedicação, trabalho competente, feito com muito carinho, com muito amor, em prol dos nossos pacientes. Nós somos conhecidos como um serviço que tem muito cuidado, humanização e empatia. Ficamos felizes com isso. Também de ser um lugar onde nós podemos acolher nossos pacientes com toda a diversidade, que não é uma coisa trivial. ”. Valdiléa está em sua quarta gestão à frente do Instituto que é referência nacional e internacional em Pesquisa Clínica, Ensino e Assistência para doenças infecciosas.

Na mesa de abertura, também estavam presentes a Vice-Diretora de Gestão, Solange Siqueira; a Vice-Diretora de Pesquisa Clínica, Rosely Zancopé; e o Vice-Diretor de Serviços Clínicos, Estevão Portela; e o diretor-executivo da Fiocruz, Juliano Carvalho de Lima. O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, enviou mensagem em vídeo sobre o orgulho em celebrar mais de um século de dedicação à ciência, tecnologia e à saúde pública realizada pelo Instituto “O INI traz em seu DNA a capacidade e a resiliência necessários ao enfrentamento das crises sanitárias. Os novos desafios sempre serão enfrentados com enorme dedicação e, sobretudo, excelência”, afirmou.

Em seguida, abrindo as apresentações, Ana Maria Henao-Restrepo - líder do BluePrint de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para Epidemias - lançado pelo Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS) -, apresentou a conferência Preparando-se para a próxima ameaça pandêmica: aproveitando as capacidades de P&D locais e regionais, com a moderação de Valdiléa Veloso. Ana Maria também destacou um dos marcos recentes da história do Instituto, a construção do Centro Hospitalar – construído no período de sete semanas em 2020 para atender as demandas da pandemia de covid-19. “Estou muito impressionado por três razões. A primeira é por causa da história, porque foi construído em um curto período de tempo no meio da pandemia e é de excelente qualidade. A segunda é porque é um centro flexível e, é claro, está sendo usado para se preparar para futuras epidemias e pandemias. É uma equipe muito dinâmica. E a terceira é porque acho que é uma experiência que deve ser compartilhada com outros diretores de centros hospitalares ao redor do mundo, porque há muitas lições dessa experiência que podem ajudar outros a construir hospitais e centros de saúde de forma eficiente e rápida. ”

Após a conferência de Ana Maria, o Chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos, Sandro Pereira, apresentou o tema Saúde única no preparo e resposta às doenças infecciosas emergentes e reemergentes - uma experiência do INI/Fiocruz, com a moderação da Chefe do Serviço de Vigilância em Saúde do INI, Mayumi Wakimoto. A manhã do Simpósio também foi marcada pela mesa redonda Resposta do INI às doenças negligenciadas e emergentes, debatida por Valdiléa Veloso; Patrícia Brasil, Chefe do Laboratório de Doenças Febris e Agudas; Andréa Silvestre, pesquisadora do INI e coordenadora do projeto CUIDA Chagas; e a moderação da vice-diretora, Rosely Zancopé. Junto aos convidados, eles discutiram temas relacionados ao covid-19, Mpox e doença de Chagas.

O primeiro dia de Simpósio foi encerrado com as apresentações das mesas redondas Premiações recebidas pelo INI em 2023 e Pesquisa Clínica para o SUS. Nela foram discutidas as atividades em progresso no Instituto e suas contribuições para com a sociedade. 

A conferência Inteligência Artificial na Saúde: Desafios e Perspectivas, do Professor do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense, Flavio Seixas, com a moderação do pesquisador do INI, Ronaldo Moreira, marcou o início do segundo e último dia do evento.  

Após a conferência, houve a apresentação das mesas redondas Saúde Digital e Inovação na Gestão I, com a moderação do Vice-Diretor de Serviços Clínicos do INI , Estevão Portela; e Saúde Digital e Inovação na Gestão II, com a moderação da Chefe Núcleo de Inovação Tecnológica do INI, Mirian Cohen.

A programação do último dia do Simpósio foi encerrada na parte da tarde pela conferência Conquistas, avanços e desafios: acesso à PrEP pela população Trans, apresentada pela presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, Keila Simpson; e a moderação das educadoras comunitárias do INI, Biancka Fernandes e Laylla Monteiro. Em sequência, duas mesas debateram os temas Populações vulneráveis- evidências para a ação e Avanços nos serviços centrados no indivíduo - experiência multiprofissional do INI, ambas para a discussão de como levar com excelência, saúde de qualidade a população vulnerabilizada.

Acompanhe aqui a gravação da programação completa do Simpósio INI 105 anos.