• Diminuir tamanho do texto
  • Tamanho original do texto
  • Aumentar tamanho do texto
  • Ativar auto contraste
Selecione uma tarefa

Início do conteúdo

29/01/2014

Dengue é exibida de forma lúdica em exposição no Museu da Vida


Carolina Landi

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 40% dos habitantes do planeta, ou 2,8 bilhões de pessoas, estão ameaçados pela dengue. Ásia, Oceania, Américas e também a África são continentes que sofrem com epidemias de dengue. Pensando na necessidade de informações de qualidade sobre a doença, o Museu da Vida a formular a exposição “Dengue”, inaugurada em 17 de janeiro.

Imagem do mosquito na exposição

A mostra reúne informações sobre a enfermidade em universo multimídia, interativo, divertido e ilustrado, incluindo oficina, observação com uso de microscópio, oficina com os mediadores, informações sobre a virose em tempo real e até um aspirador de mosquito, usado pela Vigilância Epidemiológica da Fiocruz. Outra atração é um mosquito fossilizado em âmbar de cerca de 30 milhões de anos.

A exposição pretende alcançar, em especial, o público escolar (professores e alunos). “O objetivo é falar sobre a doença de uma forma lúdica, apresentar perspectivas de controle e o que está sendo realizado em relação à pesquisa”, diz Otília Lupi, médica e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (INI/Ipec), que foi curadora da mostra ao lado do biólogo Miguel de Oliveira. “Vamos mostrar o outro lado da doença, sua complexidade, as estratégias de sobrevivências do vírus e do vetor. Qualquer criança de 7 a 12 anos que vá nessa exposição vai sair fascinada com o mundo dos mosquitos, que está apresentado de forma muito interessante”. A médica chama atenção para o ineditismo da mostra: “atualmente, não há uma exposição sobre a dengue com essa abordagem no mundo”.

A exposição – produzida pela empresa Folguedo - começa com um enorme mosquito (Aedes aegypti), de mais de 2 metros esculpido por Ricardo Fernandes, que recepciona o visitante na entrada da sala de exposição. O primeiro módulo apresenta a biologia dos vetores, o que é e quais os outros mosquitos que podem transmitir a doença, caso do Aedes albopictus, mais comum na Ásia. No segundo, o público conhece o vírus, como se multiplica no inseto e no ser humano. O próximo módulo é dedicado à doença, seus principais sintomas e suas complicações.

As pesquisas aparecem no quarto módulo, destacando-se as experiências com uso de mosquitos transgênicos e também com a bactéria Wolbachia (presente em várias espécies de insetos) para conter o vetor. Na parte final, a mostra enfatiza o controle do mosquito. São abordadas, entre outras, as medidas para evitar sua proliferação como a campanha nacional “10 Minutos Contra a Dengue” - resultado da parceria entre Instituto Oswaldo Cruz (IOC)/Fiocruz e a Sesdec/RJ (Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil).

Outra atividade importante no módulo final da mostra é o “Quintal Interativo”, que permite ao visitante observar os ovos e a pupa do mosquito, usando lupas e microscópios. A brincadeira que ajuda a aprender sobre a dengue continua com a pescaria (da larva e da pupa), o “Jogo dos Balões”, em que o público é estimulado a descobrir os possíveis criadouros do Aedes aegypti. A criançada pode participar de uma oficina para montar o vírus da dengue em papel e levá-lo para casa, manipular um modelo de mosquito (de cerca de 30cm), tocar e observar o interior do inseto.

“Ao planejar a exposição, uma das coisas que queríamos era estimular a formação de futuros cientistas. Tirar um pouco do receio, apresentar a complexidade da doença e do controle. A Fiocruz reúne informações sobre todas essas vertentes da dengue, desde pesquisas sobre o controle biológico de vetor, passando pela vigilância epidemiológica até o desenvolvimento da vacina”, informa a médica. “A compreensão gera conhecimento, que gera capacidade de resposta ao problema. Queremos mais pesquisadores no futuro do que controladores de foco (de Aedes) agora”.

Também há informações em tempo real, exibidas em projetor de imagens instalado na sala da exposição. Desta forma, o visitante poderá saber como está a dengue no mundo.

A exposição “Dengue” é uma iniciativa do Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz) /Fiocruz, com patrocínio da Sanofi e da Rede de Ações Integradas de Atenção à Saúde no Controle da Dengue, coordenada pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, com abrangência nessas três áreas, sem excluir a pesquisa. A exposição será itinerante a partir de junho/2014.

*Mais informações no site do Museu da Vida.

Exposição “Dengue”
Local: Sala de Exposições do Museu da Vida
Visitação: terça a sexta-feira, das 9h às 16h30, e no sábado, das 10h às 16h. Entrada gratuita.
Agendamento: (21) 2590-6747
Endereço: Avenida Brasil, 4365 – Manguinhos

Voltar ao topoVoltar