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21/11/2018

INI 100 anos: desafios e perspectivas para o futuro


Texto: Antonio Fuchs / Edição: Juana Portugal

O Simpósio INI 100 anos: Integrando saberes na construção do conhecimento em doenças infecciosas foi encerrado na sexta-feira, dia 09 de novembro, com a conferência Desafios e perspectivas para o futuro do INI, proferida pela diretora, Valdiléa Veloso, moderada pela presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade Lima. A solenidade lotou o auditório do Museu da Vida e contou com a apresentação do Coral da Fiocruz e com homenagens aos trabalhadores que construíram a história do Instituto desde a sua revitalização nos anos 80.

Desafios e Perspectivas para o Futuro

A presidente Nísia abriu a solenidade destacando a rica e intensa programação organizada pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas em quatro dias de atividades, de 06 a 09 de novembro, buscando retratar, além de sua trajetória dentro da Fiocruz, o trabalho desenvolvido nas pesquisas clínicas em doenças infecciosas sempre atrelado à assistência à população. “A história do INI é um patrimônio para a sociedade brasileira”, afirmou Nísia. Na ocasião, a presidente entregou para a diretora Valdiléa Veloso uma placa especial marcando a importância do centenário do Instituto para a Fundação e saudando os trabalhadores e estudantes da INI que diariamente contribuem, através de suas atividades, para o constante crescimento da Fiocruz.

“Nesses dias de simpósio tivemos a oportunidade de lembrar como nós usamos a infraestrutura que temos, mesmo que limitada, para identificar novas epidemias, para tratar bem os pacientes, para descobrir novos patógenos, para elaborar protocolos, estruturar coortes, estabelecer centros de ensaios clínicos, desenvolver a carreira de muitos jovens que chegaram aqui nos anos 80 e que continuaram vindo ao longo dos anos fazendo do INI hoje, e eu não tenho dúvidas em afirmar isso, que é o melhor lugar que existe nesse país para se fazer pesquisa clínica em doenças infecciosas”, afirmou a diretora Valdiléa Veloso ao iniciar sua exposição.

Ao lembrar que uma das mesas redondas do simpósio reuniu quatro gerações de pesquisadores, a diretora do INI destacou que essa é a realidade da maioria dos grupos de pesquisa estabelecidos ainda nos anos 80, mesclando hoje em dia o conhecimento dos jovens com aqueles que já carregam uma extensa bagagem de conhecimento e que é nessa troca de experiências que o Instituto continuará sendo uma referência no campo das doenças infecciosas até chegar, pelo menos, aos 200 anos de existência.

Segundo Valdiléa, existe uma reflexão em curso sobre o futuro do Instituto a longo prazo através do Planejamento Estratégico para o Instituto 2018-2030. Durante oficina realizada na primeira semana de novembro, acabou de aprovar sua nova missão, que é "produzir conhecimento e tecnologias para melhorar a saúde da população, por meio de ações integradas de pesquisa, atenção à saúde, ensino e vigilância, com interface humana-animal-ambiente, tendo como valores centrais o compromisso com o SUS e a redução das iniquidades" e sua nova visão, traduzida em “ser reconhecido como liderança nacional e internacional em pesquisa e atenção à saúde em Doenças Infecciosas, com alta capacidade de articulação e resposta rápida para o enfrentamento das ameaças à Saúde Pública".

Outro ponto abordado na palestra por Valdiléa foi a importância dos pesquisadores em desenvolver mais do que papers. “É claro que nós já produzimos muito mais do que isso, mas queremos ter isso como meta. Diariamente lembrar que, por mais que a gente tenha avaliações da Capes, se candidatar a bolsas de produtividade, não podemos nos limitar às publicações. Nós queremos fazer cada vez mais a tradução da evidência em ação. Podemos nos articular com secretarias de saúde, com o Ministério da Saúde, outras instituições para acelerar esse processo de levar as evidências para nossa população”, ressaltou.

Por fim, Valdiléa informou que a Direção estará lançando, em breve, um Programa de Incentivo a Jovens Pesquisadores, com o apoio da Presidência da Fiocruz. Orçado em dois milhões de reais, o programa terá duração de dois anos e o objetivo de alavancar a carreira dos jovens profissionais, fazendo com que eles produzam e liderem mais grupos de pesquisa já tendo como foco essa visão de Instituto para 2030.

Homenagens

Ao término da conferência teve início a sessão de homenagem aos ex-diretores e antigos funcionários do INI/Fiocruz com a entrega de uma placa comemorativa a cada um deles. Foram agraciados Adriana Silva Muniz (in memorian), Antônio Paulo de Menezes Filho (in memorian), Dayse Pereira Campos (in memorian), Glória dos Santos (in memorian), Hilda de Oliveira Henriques (in memorian), Maria da Graça Alvarenga Silva (in memorian), Maria da Glória Nascimento de Oliveira (in memorian), Nancy da Silva Ferreira (in memorian), Rosângela Conceição (in memorian), Sonia Alice do Sacramento (in memorian), Sonia Regina de Souza Guimarães(in memorian), Teresa Barbosa Rodrigues (in memorian), Paulo Cesar Fialho Monteiro (in memorian), Euclides Gândara (in memorian), Hésio Cordeiro, Dilene Raimundo do Nascimento, Anna Beatriz de Sá Almeida, Giovanna Ermida Martire, Eliza da Silva Vianna, Antonio Carlos Francesconi do Valle, Levy Albuquerque Campos, Jorge Constantino, Jaldária Gomes de Araújo, Manoel Paes de Oliveira Neto, Carlos Otávio Malta de Souza, Associação Lutando para Viver Amigos do INI, Maria José Serpa, Rogério Valls de Souza, Fernando Augusto Bozza, Lea Camillo-Coura, Aparecida de Lourdes Mendonça, Eduardo Jorge da Silva, Márcia dos Santos Lazera, Maria Regina Cotrim Guimarães, Odílio de Souza Lino, Rosanea Ignácio da Silva, Solange Alves da Cruz, Marizete Pereira da Silva, Mauro de Almeida Marzochi, Albanita Viana de Oliveira, Alejandro Hasslocher Moreno, Bodo Wanke, Keyla Belizia Feldman Marzochi, Valdiléa Gonçalves Veloso dos Santos e Nísia Trindade Lima.

Ao final das homenagens foi exibido um vídeo em memória aos profissionais falecidos que fizeram parte da história recente do INI, emocionando o público presente no evento. Encerrando o simpósio comemorativo, foi apresentada ainda uma animação com imagens dos funcionários do Instituto, que aos poucos compuseram um mosaico que se transformou no Hospital Evandro Chagas, marcando a importância da participação de cada na trajetória do Instituto. Confira abaixo as produções elaboradas pela equipe da Assessoria de Comunicação Social do INI.

Mosaico - Hospital Evandro Chagas

Fotos: Felipe Varanda

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