INI - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas

Cerca de 30 estudantes do Curso de Residência em Farmácia Hospitalar da UFF visitaram o INI na quarta-feira, 09 de maio, com o intuito de conhecer a rotina da equipe de Farmácia do instituto e aprender mais sobre a experiência dos profissionais da unidade que aliam, em suas atividades diárias, o ensino, a pesquisa e a assistência em um hospital voltado para o atendimento a pacientes com doenças infecciosas.

Patrícia Helena Castro Nunes, coordenadora de Ensino do Serviço de Farmácia (SEFARM) e uma das responsáveis pelo Curso de Atualização em Farmácia Hospitalar do INI, destacou que o instituto é uma das unidades de treinamento em serviço da Residência em Farmácia Hospitalar da UFF. “Todo ano a turma de residentes e a coordenação do curso da UFF visitam os hospitais do Rio de Janeiro para aprender como funciona o dia a dia dessas unidades. Eles vieram ao INI para trocar experiências, conhecer os trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelos profissionais que compõem nossa equipe e fazer uma visita técnica a nossa farmácia”, disse.

O coordenador do Curso de Residência em Farmácia Hospitalar da UFF, Ranieri Camuzi, explicou que a visita faz parte do conteúdo teórico-prático do referido programa. “Temos um curso de 5.760 horas, sendo 80% com aulas teórico-práticas e 20% teóricas. Dentro desses 80% existe a disciplina ‘tópicos especiais’ em que nossos alunos vão conhecer a rotina dos hospitais federais e municipais do Rio de Janeiro. É uma experiência muito diversificada para eles, pois essas visitas colaboram para que os residentes entendam as peculiaridades de cada hospital”, disse.

Todos os alunos que visitaram no INI estão no segundo ano da Residência da UFF e durante o curso eles podem fazer um estágio optativo de um mês em uma unidade de saúde fora da universidade. “Então, essa oportunidade serve para eles buscarem um treinamento diferente, caso queiram. No caso do INI, temos aqui um hospital de referência em infectologia e isso é um diferencial para a nossa rede de saúde. Essa troca de conhecimentos é fundamental para o crescimento desses futuros profissionais. O Hospital Evandro Chagas tem suas peculiaridades por conta da infectologia, assim como o Hospital de traumato-ortopedia é uma referência para a área ou o Instituto de Cardiologia de Laranjeiras. Então, cada unidade visitada apresenta um ambiente bastante rico para complementar todo o aprendizado teórico que nós passamos ao longo do curso”, ressaltou Ranieri.

O Serviço de Farmácia do INI

Atualmente, o Serviço de Farmácia do INI é chefiado por Noemi da Rosa Pereira e Marcelo Benevenute Santos e busca colaborar com a missão do INI em melhorar as condições de saúde da população brasileira. Atende os pacientes ambulatoriais, do hospital dia e aqueles internados nos 25 leitos existentes no Hospital Evandro Chagas. Conta com uma equipe de doze farmacêuticos, sendo sete diaristas e cinco plantonistas, dois estagiários e quatro residentes.

Para Noemi Pereira, a oportunidade dos residentes em conhecerem a rotina da farmácia do INI é uma experiência singular. “Na faculdade os alunos têm a teoria, mas quando caem no mercado de trabalho ou entram em um hospital é que vão sentir a realidade e entender como foi bom o tempo vivenciado numa residência. Nós lidamos com pessoas doentes, complexas, cada um com sua dor e sofrimento e temos que saber lidar e entender melhor isso para prestar um atendimento mais humanizado. E conhecer a rotina de uma farmácia hospitalar é fundamental nesse processo”, ressaltou Noemi.

"Os programas atendidos pela farmácia ambulatorial do INI são HIV/Aids, tuberculose, diabetes, malária, doença de Chagas, Leishmaniose e micoses sistêmicas, fora outras doenças infecciosas cujos pacientes são encaminhados para nossa unidade", destacou Marcelo Benevenute. O farmacêutico informou que, por dia, o atendimento na farmácia do INI gira em torno de 400 a 500 pessoas e cerca de 50 mil portadores de doenças infecciosas são atendidas, por ano, em nível ambulatorial pelo Serviço de Farmácia do instituto.

Ao longo do dia, os residentes da UFF debateram pontos como a integração da pesquisa, ensino e assistência na farmácia hospitalar, a questão de eventos adversos a medicamentos durante sua aplicação, as limitações para o uso da denominação comum brasileira na aquisição de medicamentos em uma licitação e o papel do Núcleo de Segurança do Paciente em uma unidade de saúde. O encontro foi encerrado com visitas ao Hospital Evandro Chagas e na farmácia do INI.

Fotos: Antonio Fuchs e Mayara Marins