• Diminuir tamanho do texto
  • Tamanho original do texto
  • Aumentar tamanho do texto
  • Ativar auto contraste
Selecione uma tarefa

Início do conteúdo

17/04/2023

INI/Fiocruz realiza campanha de doação de sangue


Alexandre Magno

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) - em parceria com o Instituto Estadual de Hematologia do Estado do Rio de Janeiro (HemoRio) e da Asfoc-SN -  promove nova campanha de doação de sangue nos dias 26 e 27 de abril  de 2023. A ação será realizada na sede da Asfoc-SN, no campus Manguinhos da Fiocruz, das 10h às 15h ou até atingirmos 100 cadastros por dia.

“Todas as bolsas de sangue coletadas na campanha irão repor o estoque do HemoRio, órgão responsável por abastecer a maior parte da rede pública de saúde do estado do Rio de Janeiro, inclusive o INI”, afirma a médica hematologista e hemoterapeuta Daniela de Almeida, responsável técnica pela Agência Transfusional do INI/Fiocruz e uma das coordenadoras da campanha.

A atividade tem como o objetivo contribuir para a cultura da doação de sangue na comunidade da Fiocruz e é uma iniciativa conjunta da Direção, equipes do Serviço Social, Enfermagem e Hemoterapia do INI e reforça o compromisso no enfrentamento das ameaças à Saúde Pública. “A doação de sangue é um ato de altruísmo e cidadania. Cada bolsa de sangue coletada [em torno de 400 ml] pode ajudar a salvar até quatro vidas, pois o sangue doado é fracionado em hemocomponentes (hemácias, plasma, plaquetas e crioprecipitado).  Outros derivados, como albumina e imunoglobulina, são produzidos a partir do plasma e podem ser utilizadas no tratamento dos pacientes”, explica Daniela, apontando também que a transfusão de sangue é utilizada no auxílio a vítimas de catástrofes naturais, emergências e acidentes, o que impacta o estoque dos hemocentros.

“O sangue é insubstituível e crucial para a recuperação de pacientes graves atendidos no INI. Neste momento, em que os casos de Covid-19 estão arrefecendo, o foco se volta para o atendimento das outras doenças infecciosas que também demandam transfusão de sangue como HIV, tuberculose, hepatites, dengue, malária e febre amarela” destaca a hematologista, informando em seguida que o Centro Hospitalar do INI necessita de cerca de 165 bolsas de hemácias por mês para o atendimento do seus pacientes. “Quando o estoque cai para 140 bolsas, já estamos em situação crítica”, alerta.

 Quem pode doar – Pessoas saudáveis entre 16 e 69 anos de idade, com peso mínimo de 50 kg. É obrigatória a apresentação de documento de identificação com foto. Jovens abaixo dos 18 anos necessitam de autorização dos pais para serem doadores. O formulário para autorização pode ser obtido no site: www.hemorio.rj.gov.br. Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos. Cabe destacar que a pessoa não pode estar em jejum para fazer a doação. Deve-se apenas evitar comer comidas muito gordurosas pelo menos até 4 horas e evitar bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação. A menstruação não é contraindicação para a doação.

Algumas situações que impedem provisoriamente a doação de sangue, dentre elas:

  • Febre – Temperatura axilar acima de 37°C;
  • Gripe ou resfriado;
  • Gravidez atual (90 dias após o parto normal e de 180 dias após a cesariana);
  • Amamentação (até 1 ano após o parto);
  • Uso de alguns medicamentos;
  • Anemia;
  • Cirurgias;
  • Extração dentária há 7 dias;
  • Tatuagem ou piercing: 6 meses sem doar (Piercing na cavidade oral e/ ou região genital: 01 ano sem doar após a retirada);
  • Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina;
  • Transfusão de sangue: impedimento por 01 ano.

É recomendado que quem recebeu a vacina contra a gripe espere 48 horas para fazer a doação.  No caso da vacina bivalente mRNA BNT162b2, fabricada pela Pfizer/BioNTech contra o novo coronavírus, que deseja doar sangue precisa aguardar por até sete dias.

Já os candidatos à doação de sangue com diagnóstico ou suspeita de Covid-19 e que apresentaram sintomas da doença, mesmo nos casos leves ou moderados, devem esperar por 10 dias após estarem completamente recuperados da doença, para então doar. Indivíduos assintomáticos com o teste diagnóstico positivo para Sars-CoV-2, também são considerados inaptos por 10 dias. Aqueles que tiveram contato com uma pessoa que testou positivo para Covid-19, deve esperar por sete dias antes de fazer a doação, contando a partir do último dia de contato com a pessoa.

São impedimentos definitivos para a doação de sangue: ter tido hepatite após os 11 anos de idade; evidência clínica ou laboratorial de hepatites B ou C, HIV, HTLV, malária e doença de Chagas e; uso de drogas ilícitas injetáveis. Cabe destacar que a equipe do HemoRio dará as orientações e todas as informações para a triagem clínica antes da doação.

Daniela ressalta que doar sangue não oferece risco para o doador e atualmente o risco de transmissão de doença infecciosa para o receptor é considerado muito baixo. “Os controles de qualidade são muito rígidos e seguem as recomendações internacionais e do Ministério da Saúde”, explica a médica hematologista. Caso seja identificado algum agente infeccioso na bolsa coletada, o voluntário será convocado pelo HemoRio para as devidas orientações, sendo o sangue descartado. A doação não é recomendada quando o doador acredita possuir alguma doença infecciosa. Neste caso o teste sorológico deve ser realizado em laboratórios ou centros de testagem anônima. 

Daniela destaca ainda que o INI está promovendo a campanha, porém a coleta, transporte e os testes laboratoriais serão realizados pelo Hemorio. “Nós não teremos acesso a nenhum resultado. O que garante o sigilo e a confidencialidade para quem participar da campanha”, afirma. 

Cuidados pós-doação – A reposição de líquidos após a doação de sangue é muito importante para ajudar o organismo a se recuperar da perda de volume sanguíneo. Recomenda-se que os doadores bebam bastante líquido nas primeiras horas após a doação, preferencialmente água ou sucos naturais. A quantidade de líquido a ser ingerida varia de acordo com o peso e o estado de hidratação do doador, mas em geral é recomendado que se beba pelo menos 500 ml de líquido imediatamente após a doação, e mais um litro nas horas seguintes. Além disso, é importante evitar fumo e bebidas alcoólicas e com cafeína, pois elas podem aumentar a desidratação. É recomendado também que o doador evite atividades físicas intensas nas primeiras 24 horas após a doação, para permitir que o organismo se recupere completamente.

Voltar ao topoVoltar