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04/09/2018

Microcefalia e vírus Zika abrem segundo dia do MedTrop


Texto: Antonio Fuchs / Edição: Juana Portugal

A pesquisadora do Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia (Merg), Maria de Fátima Militão, deu início ao segundo dia (03/09) do 54° Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop 2018) com a conferência Microcefalia e vírus Zika – a construção do conhecimento em epidemiologia. O tema é destaque no evento por conta do aumento das notificações de casos de microcefalia no estado de Pernambuco no final de 2015 caracterizando uma epidemia e fazendo com que o Ministério da Saúde decretasse emergência nacional de saúde pública.

Antes da conferência o coordenador da atividade, Enrique Vazquez, da Organização Pan-Americana de Saúde pediu um minuto de silêncio aos presentes no Teatro Guararapes pela tragédia ocorrida na noite de domingo, no Rio de Janeiro, com o incêndio que destruiu o Museu Nacional. “Essa fatalidade é imensurável e uma perda irreparável para a ciência brasileira e mundial”, disse.

Dando início à palestra, Maria de Fátima Militão explicou que Merg é uma equipe de pesquisadores que está em busca de respostas para os casos de microcefalia registrados no Brasil e envolve profissionais ligados a diferentes instituições, entre elas a Fiocruz. “Nós conseguimos apresentar respostas muito rápidas para essa epidemia graças a uma ampla articulação envolvendo os serviços de saúde e a academia. Através da iniciativa Merg reunimos um grupo de profissionais abrangendo especialistas em epidemiologia, doenças infecciosas e clínicas, investigadores na área da saúde reprodutiva, pediatras, neurologistas e biólogos para estudarmos os casos de microcefalia que apareceram em Pernambuco por conta da Zika”, destacou.

Entre os resultados obtidos dessa grande parceria está a descoberta em tempo recorde, em menos de 12 meses de estudos, da associação entre o vírus Zika e a microcefalia, excluindo outros possíveis fatores para esse problema, como vacinas e larvicida. “O estudo teve grande relevância no combate à epidemia, que atingiu, principalmente, a região nordeste do Brasil. Podemos dizer que a Zika, com certeza, foi um novo capítulo na história da medicina recente brasileira e mundial e continuamos nossas pesquisas para não sofremos novamente do mesmo mal”, concluiu a pesquisadora.

Fotos: Antonio Fuchs

 

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