Serviço de Vigilância em Saúde (INI/Fiocruz)
26.08.2022 – 15h
A atualização dos dados globais do CDC, até 25 de agosto, registra 46.724 casos confirmados de monkeypox em 98 países, com destaque para os Estados Unidos (16.925), Espanha (6.284), Alemanha (3.387), França (3.421). Para acessar a tabela com todos os países, clique aqui.
No Brasil, 24 estados já registraram pelo menos um caso da doença. Segundo dados do Centro de Operações de Emergência (COE) do Ministério da Saúde, atualizados até 25 de agosto, foram confirmados 4.216 casos. Entre os confirmados, 2.640 são procedentes do estado de São Paulo; 540 do Rio de Janeiro; 228 de Minas Gerais; 182 de Goiás; 168 do Distrito Federal; 105 do Paraná; 72 em Santa Catarina; 70 do Rio Grande do Sul; 47 do Ceará; 43 da Bahia; 23 em Pernambuco; 20 do Mato Grosso; 18 do Rio Grande do Norte; 16 do Mato Grosso do Sul; 16 do Amazonas; 10 do Espírito Santo; 07 do Pará; 02 do Maranhão; 02 do Piauí; 02 Alagoas; e 02 em Tocantis; Acre, Paraíba Roraima cada um desses estados registra 01 caso.
O Brasil registrou um óbito, no estado de Minas Gerais. Em todo o mundo, são 14 óbitos em decorrência da doença (04 na Nigéria; 02 na República da África Central; 02 na Espanha; 01 no Brasil; 01 no Equador; 01 em Gana; 01 na Índia; 01 no Peru; 01 em Cuba).
No INI, segundo os dados da Vigilância atualizados até hoje (25/08), foram atendidos e notificados 419 casos suspeitos de monkeypox, sendo: 239 confirmados, 131 descartados e 49 em investigação. Desse total, 27 pacientes suspeitos precisaram de internação: 17 confirmados; 08 descartados; e 02 em investigação. O primeiro caso de monkeypox confirmado no Rio de Janeiro foi atendido no INI/Fiocruz em 14/06.
A transmissão da monkeypox ocorre principalmente por contato próximo com as lesões e fluidos corporais dos indivíduos infectados ou superfícies contaminadas. A transmissão por gotículas respiratórias geralmente requer contato próximo prolongado como ocorre com membros da família e profissionais de saúde. A transmissão também pode ocorrer através da placenta da mãe para o feto ou durante o contato próximo durante e após o nascimento.
Observa-se que muitos casos não apresentam o quadro clínico descrito classicamente (febre, linfadenomegalia, seguidos por uma erupção cutânea com evolução centrífuga). As características atípicas descritas incluem: apresentação de poucas ou mesmo apenas uma lesão; lesões que aparecem em diferentes estágios (assíncronos) de desenvolvimento; e o aparecimento de lesões antes do início da febre, mal-estar e outros sintomas constitucionais.
No dia 23 de julho de 2022, o Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde declarou a ocorrência de monkeypox como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. Esta é uma medida importante, diante do rápido avanço do número de casos, para que os países possam empreender respostas coordenadas de enfrentamento da doença.
Para ter mais informações, acesse: