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06/03/2024

Novo equipamento de elastografia no INI marca avanços na avaliação das hepatites B e C e outras doenças do fígado


Karina Burini | Ed. Alexandre Magno

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), que é referência no ensino, na pesquisa clínica e no tratamento das doenças infecciosas, tornou-se a primeira unidade de saúde, no âmbito do SUS, do estado a instalar o modelo Expert 630 do equipamento Fibroscan. Este novo modelo do dispositivo de elástografia hepática transitória é capaz de avaliar a presença de esteatose (gordura no fígado) e fibrose hepática (cicatrização) e da rigidez do baço.

"O equipamento de Fibroscan substitui a biopsia do fígado. Com ele, temos um diagnóstico mais assertivo sem necessitar de um procedimento invasivo", explica o médico hepatologista e pesquisador do INI, Hugo Perazzo. Ele lembra que o INI foi uma das instituições pioneiras a adquirir um aparelho de Fibroscan (desde de 2012). Segundo o pesquisador, o novo modelo oferece vantagens consideráveis, como a aquisição de medidas mais profundas com maior rapidez. Além disso, “este novo modelo tem a capacidade de avaliar tanto a saúde do fígado quanto do baço, proporcionando informações abrangentes sobre o paciente”.

O pesquisador destaca também que a aquisição do novo modelo do equipamento representa um grande avanço na saúde pública, com impactos positivos para o diagnóstico e o tratamento dos pacientes, contribuindo dessa forma para que o país alcance a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) para eliminação das hepatites virais até 2030. "Com o Fibroscan, a avaliação desses pacientes torna-se mais ágil e confortável, com exames rápidos, não invasivos e indolores, permitindo a identificação precoce de fibrose e cirrose hepática, bem como a implementação de medidas terapêuticas e preventivas", afirmou.

Além das hepatites, a gordura no fígado (esteatose) também é um problema no Brasil. Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 25% da população tem esteatose. Esta doença pode provocar cirrose hepática. Perazzo adverte, entretanto, que a maioria dos pacientes não apresenta sintomas. Portanto, é crucial que a população esteja ciente da necessidade de avaliação regular da saúde do fígado, principalmente quem apresenta quadros de obesidade, diabetes, sedentarismo, dieta não saudável e/ou uso abusivo de álcool (associados ou não), independentemente da idade ou sexo.

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