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28/09/2021

Pesquisadora do INI participa de webinar sobre diretrizes para o diagnóstico laboratorial das micobactérias não tuberculosas


Texto: Antonio Fuchs / Edição: Juana Portugal

Maria Cristina Lourenço, chefe do Laboratório de Bacteriologia e Bioensaios do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), foi uma das palestrantes do webinar O diagnóstico das micobactérias não tuberculosas, promovido pelo Ministério da Saúde, no dia 22 de setembro. Em sua exposição, a pesquisadora falou da importância de se realizar um bom diagnóstico laboratorial para as Micobactérias Não Tuberculosas (MNTs) e como os resultados obtidos podem impactar no tratamento das pessoas.

Ao apresentar as principais diretrizes para este diagnóstico laboratorial, Cristina Lourenço destacou que a presença das MNTs em um espécime clínico não significa, obrigatoriamente, que esses microrganismos estejam causando uma doença. Como as MNTs são bactérias ambientais, presentes no ar, no solo, na água, elas podem ser responsáveis por contaminações ou colonizações transitórias no corpo do hospedeiro. Segundo a pesquisadora, a coleta e o transporte das amostras devem sempre seguir as boas práticas laboratoriais de forma a não serem contaminadas. “Também temos que prestar atenção ao tempo de coleta até ela ser encaminhada ao laboratório, a forma que é acondicionada e o volume que está sendo enviado para fazermos uma análise mais correta”, explicou.

Segundo a pesquisador, “é importante assegurar que o laboratório possua um controle interno de qualidade, além de trabalhar sempre com água destilada estéril para o preparo de meios e reagentes, realizar o controle microbiológico da água fornecida para monitorar o crescimento de micobactérias e inocular os reagentes utilizados para cultura ao final de cada partida processada”, enfatizou. Cristina explicou também como é realizado o trabalho dentro do ambiente laboratorial, o que chamou de ‘marcha de processamento da amostra’, que vai desde o recebimento dela até a identificação final das espécies e subespécies das micobactérias através dos diferentes métodos de análises existentes.

Confira a íntegra da exposição de Cristina Lourenço na tela abaixo ou no canal do INI no YouTube.

Moderado por Artemir Coelho, técnico da Coordenação Geral de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas (CGDR), o encontro contou com a participação de Fernanda Mello, professora titular de tisiopneumologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que apresentou um diagnóstico das MNTs a partir de aspectos clínicos, por imagem e laboratorial, de forma a fornecer subsídios para o profissional de saúde chegar a um diagnóstico de qualidade e tratar os pacientes com segurança, e Sidney Bombarda, médico pneumologista da Divisão de Tuberculose da Secretaria da Saúde de São Paulo e da Prefeitura do Município de São Paulo, que falou sobre o diagnóstico por imagem das micobactérias, seja ele realizado através de exames de raio-x ou tomografia, apresentando ainda o comportamento dos diferentes tipos de micobactérias existentes.

Recomendações para o diagnóstico e tratamento das doenças causadas por micobactérias não tuberculosas no Brasil

Maria Cristina da Silva Lourenço é uma das pesquisadoras colaboradoras do livro Recomendações para o diagnóstico e tratamento das doenças causadas por micobactérias não tuberculosas no Brasil, editado pelo Ministério da Saúde em 2021.

Segundo o MS, o manual tem como objetivo auxiliar no diagnóstico, abordagem inicial e seguimento de pessoas com doença ou suspeita de doença causada por micobactérias não tuberculosas (MNT). O texto foi elaborado por um grupo de especialistas, em parceria com a Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas (CGDR) do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), com base em revisão da literatura existente e parecer de outros especialistas consultados, e pode ser acessado aqui.

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