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16/05/2017

INI comemora Semana da Enfermagem destacando a importância da consciência profissional no cuidado com a vida


Antonio Fuchs e Juana Portugal

O profissional de enfermagem é multitarefa. É ele quem coleta e monitora os dados do paciente, zela por sua alimentação e medicação, garante seu conforto e higiene, entre diversas outras tarefas. O Serviço de Enfermagem do INI celebrou a Semana da Enfermagem (12 a 20/05), reunindo, ao longo do dia 12, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem em um encontro onde, além de homenagens, foi debatida a importância da consciência profissional no cuidado com a vida.

A diretora eleita do INI para o quadriênio 2017-2021, Valdiléa Veloso, compareceu à XV Semana de Enfermagem do Instituto e, durante sua fala, destacou uma de suas propostas de gestão: a educação continuada para esses profissionais, sejam enfermeiros, técnicos ou auxiliares de enfermagem, de forma a integra-los ainda mais nas pesquisas realizadas no Instituto. “Uma das missões do INI é desenvolver o ensino, a pesquisa e a assistência em prol da população brasileira e temos que agregar esses valores para todos que aqui trabalham. Vamos dar aos profissionais de enfermagem a visibilidade que merecem, identificando todas as contribuições que podem trazer para nossa unidade”, ressaltou. Na oportunidade, Valdiléa encaminhou um pedido aos organizadores da Semana da Enfermagem para que em 2018 haja uma sessão pôsteres destinada à apresentação de resultados de pesquisas desenvolvidas por profissionais que vão atuar ou que já estão inseridos no Instituto.

Mariana Machay, chefe do Serviço de Enfermagem do INI, falou sobre a relação desse campo profissional com a infectologia, uma vez que o INI é o único hospital do Rio de Janeiro especializado nessa área médica. “Temos um corpo profissional com mais de 115 pessoas, com uma forte atuação em nossos laboratórios como Chagas, HIV/Aids, dermatologia, oftalmologia infecciosa, otorrino, seja na pesquisa ou no atendimento à população. Tudo isso nos faz pensar no futuro. Vamos dar continuidade na vida acadêmica, através da Especialização em Enfermagem em Doenças Infecciosas e Parasitárias, trazer a Residência em Enfermagem na área da Infectologia para o nosso hospital e trabalhar para ampliar a capacidade de atendimento em nossa unidade”, destacou Mariana.

Falando sobre a importância da equidade no atendimento a pessoas vulneráveis, a enfermeira do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST/Aids do INI, Lucimar Salgado, lembrou que o preconceito no atendimento é uma das piores atitudes que o profissional pode ter durante seu exercício profissional. Segundo Lucimar, “o cuidado deve ser igualitário. Não devemos e nem podemos discriminar aqueles que vivem um momento frágil, delicado ou carente. Desta forma, temos que atuar sempre da melhor maneira possível no atendimento de pessoas em situação de rua, idosos, pessoas do campo e das florestas, ciganos, pessoas com deficiência ou de diferentes raças, religiões e orientações sexuais”, afirmou.

Em seguida, a enfermeira Paula Xisto apresentou o Projeto Capelania, proposta que consiste na prestação de serviço voluntário à pessoa hospitalizada, aos familiares e aos profissionais da saúde, compartilhando a fé e a esperança, independente da religião, oferecendo apoio espiritual, emocional, recreativo, educacional e de assistência social para aqueles que desejarem. “Nosso papel é respeitar a fé de cada indivíduo e não implantar uma doutrina religiosa. Queremos levar mais humanização ao hospital e pretendemos fazer isso para aqueles que solicitarem nosso apoio através de música, conversa, leitura, entre outras atividades”, explicou.

“O enfermeiro é a última barreira antes de um evento adverso causado por um medicamento possa ocorrer com o paciente. Dali a importância na boa prática na administração de medicamentos é fundamental”, lembrou o farmacêutico Wagner Decotte, informando que para a realização dessa tarefa é necessária uma formação adequada do profissional, familiaridade sobre quem é o paciente, conhecimentos de farmacologia, fisiologia e patologia por parte do profissional e o cálculo exato da dosagem a ser ministrada.

O Núcleo de Segurança do Paciente esteve presente no evento com uma apresentação de seu coordenador, Eduardo Corsino. Segundo ele, os profissionais devem executar suas atividades de forma mais criteriosa para ter uma melhor percepção dos riscos com a finalidade de evitar riscos para os pacientes e para si próprios. “Quanto maior a complexidade do trabalho, maior é a possibilidade do risco ocorrer. A implantação dos protocolos de segurança do paciente é fundamental para não ocorrer nenhum problema”, informou Corsino.

A pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Cristiane Batista Andrade, apresentou o estudo Trabalho Care (cuidado), gênero e qualificação profissional: um estudo com técnicos(as) de enfermagem. O trabalho será publicado em breve e, para sua realização, Cristiane entrevistou nove profissionais do Hospital Evandro Chagas. O objetivo era entender o processo de aprendizado do cuidado em saúde, quais as dificuldades enfrentadas por eles no dia a dia, em que medida sua formação profissional contribuiu ou não para uma mobilidade social e como eles compreendem o que é o cuidado das pessoas e será publicado em breve.

Em seguida foi a vez da enfermeira Lucilene Araújo, do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST/Aids do INI, apresentar o estudo A.M.P. – Anticorpos Mediando Prevenção (saiba mais aqui), conduzido no Instituto. Lucilene, que é Coordenadora do Estudo Clínico do A.M.P., falou ainda sobre como sua formação em enfermagem contribuiu para assumir a responsabilidade pelo suporte operacional das ações relacionadas com a condução de um projeto de pesquisa envolvendo seres humanos.

O evento foi encerrado com a realização de duas homenagens. Primeiro ao grupo de profissionais que trabalha no hospital, através da apresentação das imagens do projeto Desafios da vida cotidiana: Só os loucos sabem, realizado pelos técnicos de enfermagem Samuel Figueiredo e Marcos Moraes. As fotografias mostraram o corpo de enfermagem do INI em momentos descontraídos, promovendo um ambiente mais divertido e integrador no trabalho. Finalmente a homenagem à ex-Coordenadora do Curso de Especialização de Enfermagem em Doenças Infecciosas e Parasitárias e ex-Chefe de Enfermagem do Hospital Evandro Chagas, Adriana Silva Muniz, falecida em março deste ano.

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