Alexandre Magno/Ed. Juana Portugal - Fotos: Renan Melgaço
Valdiléa Veloso, diretora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), recebeu Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) e comitiva, na visita técnica realizada no dia 13 de setembro. A atividade teve como objetivo conhecer o trabalho da unidade como referência para atendimento de pacientes com monkeypox. O INI realizou o atendimento do primeiro caso da doença no estado do Rio de Janeiro (segundo no Brasil).
Também estiveram presentes no encontro o Vice-presidente de Produção, Pesquisa e Inovação em Saúde da Fiocruz(VPPIS), Marco Krieger; o coordenador da Vigilância de Saúde e Laboratórios de Referência da Presidência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio da Cunha; a consultora técnica da OPAS/OMS no Brasil, Ho Yeh Li; o assessor técnico do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS); Fernando Avendanho; o diretor do Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde (DAEVS) da SVS, Breno Leite; coordenador-geral de Laboratórios de Saúde Pública da SVS (DAEVS/SVS), Thiago Guedes; o médico do DEMSP/SVS, Carlos Frank; e a chefe de Comunicação e Eventos da SVS, Eunice Lima.
Valdiléa Veloso deu boas-vindas aos visitantes apresentando a história do Instituto e destacando a construção do Centro Hospitalar Covid-19. “O Hospital Evandro Chagas foi inaugurado em 1918 em meio à pandemia de gripe espanhola. Cem anos depois o Centro Hospitalar é levantado em meio à pandemia de covid”, relembrou, destacando em seguida que o prédio novo ficou pronto em apenas sete semanas. “Embora sejamos referência para o estado, no auge da pandemia chegamos a atender 45 pacientes da região Norte do país”, destacou a diretora do INI.
Valdiléa apresentou também os ensaios clínicos internacionais que o INI coordena ou faz parte, entre eles: o projeto ImPrEP, dedicado à profilaxia pré-exposição ao HIV, projeto internacional que envolve Brasil, México e Peru; e o estudo nacional Recover SUS, para monitoramento e avaliação multidisciplinar de indivíduos com afecções pós-covid-19. Concluindo, a médica infectologista Mayara Secco apresentou o perfil epidemiológico dos casos de monkeypox atendidos no INI.
Beatriz Grinsztejn, médica infectologista, pesquisadora e chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids, apresentou o projeto Unity, estudo clínico randomizado com duplo cego para avaliar a segurança e a eficácia do uso do tecovirimat no tratamento da monkeypox. O estudo avaliará 600 pacientes e envolverá institutos de pesquisa e universidades do Canadá, Estados Unidos, França, Noruega, Suíça e Brasil. A pesquisa, coordenada por Beatriz e por Alexandra Calmy (Hospital Universitário da Suíça), conta com recursos financeiros da Agência Nacional de Pesquisa francesa (ANRS).
O secretário da SVS, Arnaldo Medeiros, e a diretora do Departamento de Emergência em Saúde Pública (DEMSP) da SVS, Daniela Buosi, agradeceram pela apresentação e colocaram a estrutura da SVS à disposição para contribuir com o sucesso do estudo Unity no Brasil. Após as apresentações, a diretora do INI, conduziu os visitantes numa visita às instalações do Centro Hospitalar Covid-19.