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14/05/2021

XVIII Semana da Enfermagem do INI ganha simpósio virtual


Texto: Antonio Fuchs / Edição: Juana Portugal

O Serviço de Enfermagem do INI promoveu, no dia 12 de maio, a XVIII Semana da Enfermagem, com a realização de um simpósio científico virtual que teve como tema Ressignificar, reinventar e inovar o cuidado de enfermagem em um ano de Pandemia. Mariana Machay, chefe da Enfermagem do Instituto, destacou que a semana é uma oportunidade para unir o aprendizado e a troca de experiências nos mais diversificados temas relacionados ao Covid-19, demonstrando ainda o cuidado que os profissionais da instituição têm com os pacientes na dura rotina do dia a dia. A solenidade de abertura contou com as participações de Valdiléa Veloso, diretora do INI, e Michelly Alves, presidente do Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública (Asfoc-SN).

Em sua fala, Valdiléa Veloso lembrou que o encontro não foi realizado em 2020 pois a equipe de enfermagem do INI estava, ao mesmo tempo, trabalhando no atendimento dos casos do novo coronavírus que chegavam ao Instituto e se organizando para atuar no novo Centro Hospitalar para Pandemia de Covid-19, que entrou em operação no dia 17 de maio. “A enfermagem está na linha de frente do cuidado, prestando assistência constante e é a área que tem uma maior atuação junto aos pacientes. Aqui no INI, nossos profissionais trabalham de forma multidisciplinar e, a partir de agora, nós vamos desenvolver novas pesquisas para a área através da criação do grupo de pesquisa em enfermagem”, destacou a diretora.

Já a presidente da Asfoc-SN, Michelly Alves, parabenizou a todos por esta semana especial e salientou a importância do cuidado voltado aos profissionais de enfermagem, em suas angústias e preocupações diárias, seja no ambiente de trabalho ou em sua vida fora do ambiente profissional.

A primeira exposição do dia teve como tema Vacinação e enfermagem: perspectivas e boas práticas da classe frente ao Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19, realizada pela enfermeira Mônica Forrester. Ela apresentou as quatro fases de uma pesquisa clínica para o desenvolvimento de novos imunizantes, falou das diferentes vacinas contra o novo coronavírus que estão em uso no Brasil ou em outros países do mundo e lembrou que nenhuma vacina é 100% eficaz. “Ainda é cedo para sabermos quanto tempo durará a imunidade a esse vírus. Precisamos de mais ensaios clínicos para uma resposta concreta. O certo é que a vacina vai ser sempre a melhor opção contra ele, junto com o distanciamento social, a lavagem das mãos e o uso de máscaras”, afirmou.

Ao falar sobre o manejo de pacientes graves com Covid-19, o enfermeiro Bruno Leal Barbosa expôs sua experiência na rotina intensa de atendimento dentro de um centro hospitalar voltado para o novo coronavírus, informando que até 11 de maio, segundo a Organização Mundial da Saúde, a Covid-19 já causou mais de 3.2 milhões de mortes ao redor do mundo e citando pesquisas que revelam que de 20 a 30% dos pacientes sofrerão complicações cardiovasculares e de 30 a 50% precisarão de hemodiálise por conta da doença, o que torna a atuação do profissional de enfermagem fundamental no processo de tratamento. “É vital reconhecermos o problema do paciente internado, tratarmos a causa dentro do possível e reabilitarmos essa pessoa que está internada. Eu não acredito que, até dezembro, haja uma defervescência dos casos de Covid-19 no Brasil. Facilmente teremos mais um ano de luta intensa contra a doença", concluiu.

A enfermeira Vanessa Cardoso Vieira abordou a atuação do enfermeiro em uso da terapia de ECMO durante a pandemia de Covid-19. A ECMO, ou oxigenação por membrana extracorpórea, é uma máquina que fornece suporte para o sistema respiratório e/ou cardíaco, que vem sendo muito utilizada em pacientes internados pelo novo coronavírus. Ela explicou as funcionalidades do aparelho, a importância do fluxo de oxigênio no sangue do paciente, como ocorre o tratamento uma vez conectado ao corpo, além de  todos cuidados que devem ser adotados durante o procedimento de utilização da ECMO.

A terapia de plasma convalescente em Covid-19 foi abordada pela enfermeira Lucimar Salgado, explicando que o plasma é a parte líquida do sangue e contém os anticorpos que protegem o organismo. “Quando uma pessoa contrai um vírus como o Covid-19, seu sistema imunológico cria anticorpos para combate-lo. O plasma com esses anticorpos da pessoa curada é chamado de plasma convalescente”, disse. A enfermeira ressaltou que o uso de plasma convalescente já foi recomendado durante surtos do vírus Ebola, em 2014, e em protocolos de tratamento para o coronavírus causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV), em 2015.

"No entanto, até o presente momento, estudos de eficácia do uso de plasma convalescente para o tratamento de pacientes com Covid-19 são preliminares e inconclusivos, com a necessidade da manutenção das pesquisas para mais evidências científicas. Entretanto, considerando a emergência de saúde pública e a gravidade da pandemia no Brasil, a Anvisa e o Ministério da Saúde reforçam que o uso do plasma convalescente deve acontecer sob protocolos de ensaios clínicos ou em caráter experimental, conforme definido pela Nota Técnica Nº 19/2020/SEI/GSTCO/DIRE1/ANVISA", informou.

O enfermeiro Milton Domingues da Silva Junior falou sobre a tanatologia, que é o processo de morte e o morrer vivenciado pela equipe de enfermagem. Ela é compreendida como o estudo da morte e do morrer em seus aspectos psicológicos e sociais, visa entender o morrer e o luto por uma pessoa e destacou as cinco fases vividas por aquele que passa por um processo de morte, que são: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

Encerrando as apresentações, a importância da humanização em tempos de Covid-19 foi o tema abordado pela enfermeira Domitília Bonfim. Através do prontuário afetivo, que é uma ferramenta de humanização trabalhado pela profissional no contexto da pandemia e que tem como base a Política Nacional de Humanização do SUS (HumanizaSUS), é possível encontrar nos leitos dos pacientes, além das informações sobre a evolução de cada caso, as características pessoais, gênero musical favorito, time do coração e atividades de lazer de cada pessoa internada. A enfermeira explicou que a técnica traz benefícios também para as famílias de pacientes, uma vez que elas se sentem mais acolhidas, e para os próprios profissionais de saúde, que se tornam mais motivados no cuidado exercido.

O Simpósio científico virtual da XVIII Semana da Enfermagem pode ser assistido no Canal do INI no YouTube ou nas telas abaixo.

Semana da Enfermagem 2021 do INI - manhã

Semana da Enfermagem 2021 do INI - tarde

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