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09/11/2022

Abertura do Simpósio INI 104 Anos ressalta a trajetória do Instituto


Alexandre Magno | Fotos: Erik Barros Pinto

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) abriu nesta terça-feira (08/11) o Simpósio INI 104 Anos no auditório do Pavilhão do Ensino, na sua sede - dentro do campus da Fiocruz em Manguinhos no Rio de Janeiro (RJ), com transmissão ao vivo pelo Youtube.

Na mesa de abertura, a pesquisadora do INI, Maria Regina Cotrim lembrou que o Instituto teve origem no Hospital de Manguinhos.  “Nós não sabemos a data exata em que o hospital foi inaugurado. Sabemos apenas que estava prevista a inauguração para o final de 1918”. Ela explicou que em decorrência da pandemia de gripe espanhola, na época, o hospital já iniciou suas atividades atendendo aos pacientes, sem uma solenidade de inauguração, como queria Carlos Chagas que na época estava à frente do Instituto Oswaldo Cruz - que viria tornar-se anos depois a Fiocruz. A data 08 de novembro, portanto, “foi escolhida, muitos anos depois, em homenagem ao Evandro Chagas (filho de Carlos Chagas) que faleceu nesse dia em 1940. Que por coincidência foi também o mesmo dia (de anos diferentes) em que faleceu Carlos Chagas”.  Explicou Maria Regina. Ela destacou que Evandro foi um dos pesquisadores mais influentes do seu tempo e teve uma atuação de destaque no Hospital que mais tarde viria receber o seu nome.

A diretora do INI, Valdiléa Veloso, iniciou sua fala saudando os convidados e agradecendo, em especial, aos servidores, trabalhadores e colaboradores pela trajetória do Instituto. Valdiléa está na sua quarta gestão a frente do Instituto que é uma referência nacional e internacional em Pesquisa Clínica, Ensino e Assistência para as doenças infecciosas. Ela afirmou que a realização do Simpósio é mais um marco na longa história da instituição, marcada por muitos desafios, lembrando que Hospital Evandro Chagas estava para fechar em meados dos anos 1980, mas a graças a Keyla Marzochi, presente na solenidade, isso não aconteceu. “Foi a nossa diretora lendária que não deixou o hospital Evandro Chagas morrer. Ela convenceu o (Sérgio) Arouca – então presidente da Fiocruz  – que o hospital ainda tinha muito a fazer. Sem ela não teríamos esse Instituto Nacional de Infectologia”.

A diretora destacou que um dos marcos bem recentes da história do Instituto foi a construção do Centro Hospitalar – erguido em tempo recorde de sete semanas em 2020 para dar resposta à pandemia de covid-19. “A estrutura do Centro tem condições técnicas para prestar assistência de excelência e alta complexidade para a nossa população no âmbito do SUS. O que é motivo de muito orgulho para todos nós”, ressaltou. Valdiléa contou que o atual secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe - também presente na mesa de abertura – ao iniciar sua gestão à frente da Secretaria, teve a iniciativa de propor que o Centro Hospitalar se tornasse referência para o estado em doenças infecciosas. A proposta foi aceita pela direção do INI e pela Presidência da Fiocruz. A diretora do INI encerrou sua fala destacando e agradecendo ao apoio que obteve da Presidência bem como de todos que participaram da construção e implantação do Centro Hospitalar.

O secretário Alexandre Chieppe destacou que a estrutura do Centro Hospitalar é de excelência e da maior importância para a pesquisa clínica  e reafirmou o empenho em garantir a sustentabilidade do INI. “Ter um instituto desses de pesquisa como referência para aqueles casos mais complicados (de doenças infecciosas) é fundamental não só para o Rio de Janeiro, mas para todo o Brasil. Por isso reafirmo o nosso empenho de agir politicamente e financeiramente para garantir a sustentabilidade do INI”.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, saudou todos os presentes na solenidade, destacando a comunidade INI pelo aniversário. A presidente lembrou a coragem de Carlos Chagas na construção do Hospital de Manguinhos. “Chagas liderou de forma corajosa toda a estrutura que foi montada na época para atender aos pacientes da gripe espanhola, sem as tecnologias (que temos hoje), nem vacinas. A sua atitude e coragem levou a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública, que tinha funções muito semelhantes do que viria a ser muito mais tarde o Ministério da Saúde (que na época não existia)”. Nísia lembrou o empenho e também coragem da atual diretora do INI na construção do Centro Hospitalar que ajudou a salvar muitas vidas da pandemia de covid-19.  “Muitas vidas foram salvas no Centro Hospitalar, ao mesmo tempo que muito aprendizado de manejo clínico ocorreu, além de estudos clínicos sobre medicamentos”, ressaltou. Ela concluiu a fala reafirmando o compromisso da Presidência em dar todo o apoio na manutenção do Centro e anunciou o apoio para a construção e implantação do laboratório de Micologia Bodo Wanke (em homenagem ao pesquisador do INI e Pesquisador Emérito da Fiocruz, falecido em decorrência da covid-19).   A presidente da Fiocruz em decorrência de compromissos fora do estado do Rio, participou remotamente.

A mesa de abertura contou ainda com a presença do vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Mário Santos Moreira. A Presidência da Fiocruz também foi representada na abertura do Simpósio pela presença, no auditório, do chefe de Gabinete, Juliano Lima; do Coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, Rivaldo Venâncio; e da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiane Vieira Machado. O evento também foi prestigiado pela sub-secretária de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Claudia Melo; e pelo diretor do IBMP, Pedro Barbosa.

Na sequência, o secretário de Estado da Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe, fez a conferência O papel estratégico do INI como referência em doenças infecciosas para o SUS no Estado do Rio de Janeiro. Após a conferência do Secretário, o coordenador do Centro Hospitalar do INI/Fiocruz, André Japiassú, apresentou o tema: Centro Hospitalar: enfrentamento da pandemia de covid-19 e novas perspectivas, com a moderação do vice-diretor de Serviços Clínicos do INI, Estêvão Portela. 

A programação da manhã do primeiro dia do Simpósio INI 104 Anos, terminou com o lançamento do filme O Hospital com apresentação da cineasta Joana Pimenta; da diretora do Instituto, Valdiléa Veloso; e do diretor do IBMP, Pedro Barbosa que durante a construção do Centro Hospitalar, atuou como coordenador executivo de implementação.

Veja a gravação de toda as atividades da manhã primeiro dia do Simpósio INI 104 Anos, clicando aqui

A programação da tarde do primeiro dia do Simpósio iniciou com a mesa redonda Experiências Multiprofissionais em Assistência, Ensino e Pesquisa no INI, com a participação dos pesquisadores do Instituto e a moderação da vice-diretora de Gestão, Solange Siqueira. Após o debate e o intervalo, começou, às 15h, a mesa redonda Monkeypox – Epidemiologia e Clínica, com a moderação da chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em IST e Aids do INI, Beatriz Grinsztejn, que encerrou a programação do dia.

Veja a gravação de todas as atividades da tarde do primeiro dia do Simpósio INI 104 anos, clicando aqui.

O Simpósio INI 104 Anos termina nesta quarta-feira (09/11). Clique aqui para ver a programação completa.

 

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