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09/04/2021

Pesquisadora do INI debate situação atual do HTLV no Brasil em seminário da UnB


Texto: Antonio Fuchs / Edição: Juana Portugal

Ionara Ferreira da Silva Garcia, assistente social e pesquisadora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) participou, no dia 30 de março, do seminário virtual Você já ouviu falar sobre o HTLV?, promovido pela Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária da Universidade de Brasília (Dasu/UnB). Ionara apresentou os resultados de sua tese de doutorado na Fiocruz em que trata das políticas públicas para pessoas vivendo com HTLV. Participaram do encontro César Tamayo, professor da Universidade Católica de Brasília, e Adijeane Oliveira, representante da Associação HTLVida.

Em sua pesquisa, Ionara fez uma análise da inclusão dos portadores do vírus T-linfotrópico humano (HTLV) em agendas governamentais, de forma a contribuir para o debate e ampliar a visibilidade da doença. O trabalho resultou na tese de doutorado em Saúde Pública, defendida na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) em julho de 2020, e revelou que as experiências encontradas mostram que as iniciativas existentes no país ainda são poucas e, muitas vezes, isoladas, para prevenção e controle desta infecção.

“A motivação para aprender e discutir mais sobre esse tema foi resultado dos questionamentos que os profissionais do Serviço de Assistência Social do INI recebiam dos pacientes que chegavam para tratamento. Eles queriam, principalmente, saber dos seus direitos e isso foi extremamente encorajador para mim, o que me fez conhecer mais sobre o HTLV e as políticas existentes para seu controle e prevenção”, explicou Ionara. Saiba mais sobre a tese Políticas públicas para pessoas vivendo com HTLV: análise da agenda governamental aqui.

Conheça o HTLV

O professor da Universidade Católica de Brasília, César Tamayo, falou sobre as características do HTLV, um retrovírus que infecta a célula T humana, um tipo de linfócito importante para o sistema de defesa do organismo. Sua transmissão ocorre por via sexual em relações desprotegias (sem camisinha), pelo compartilhamento de seringas e agulhas, e da mãe para o recém-nascido (transmissão vertical), principalmente pelo aleitamento materno.

Segundo o médico infectologista, o vírus é pouco conhecido pela população e até mesmo pelos profissionais de saúde. A Organização Mundial de Saúde calcula que existam cerca de 10 milhões de infectados pelo mundo, principalmente na América Latina, Caribe e África subsaariana ocidental. O Brasil é o país com maior número absoluto de pacientes e as estimativa do Ministério da Saúde é que existam entre 700 mil e dois milhões de pessoas infectadas em todo território nacional.

Já Adijeane Oliveira, representante da Associação HTLVida, apresentou seu relato pessoal como uma portadora da doença de uma família com seis pessoas com histórico da infecção, citando as dificuldades enfrentadas no dia a dia decorrentes dos sintomas e apresentou a ong criada em 2010, na Bahia, que trabalha para dar suporte àqueles que convivem com a doença.

Confira a íntegra do seminário Você já ouviu falar sobre o HTLV? clicando aqui.

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