Projeto do INI que utiliza inteligência artificial para prever surtos de doenças é apresentado no Rio Innovation Week
Por Julliana Reis
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desenvolve o Projeto VigIA: inteligência artificial aplicada a varredura de horizontes para vigilância de doenças emergentes e reemergentes. Financiado pelo programa Inova da Fiocruz, o projeto foi apresentado no Rio Innovation Week, a maior conferência global de tecnologia e inovação que aconteceu no Rio de Janeiro de 12 a 15 de agosto.



A metodologia do estudo foi testada para utilizar a inteligência artificial na previsão de surtos em uma determinada região, e os primeiros resultados foram apresentados pela bolsista do projeto e professora de Estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Daniela Polessa, na mesa de Inovação em Saúde do evento sob o título Predição de surtos de influenza na América Latina.
Coordenado pela chefe de Vigilância em Saúde do INI, Mayumi Wakimoto, e pelo chefe do Setor de Planejamento do INI, Valdir Ermida, o projeto encerrou sua primeira fase, que culminou – além da elaboração de artigos – no desenvolvimento de um software que está em fase de registro. O próximo passo é buscar por outros financiamentos para a segunda fase do estudo.
Segundo Mayumi, o projeto é crucial para um instituto como o INI, pois visa aprimorar a vigilância e o combate a doenças infecciosas. “Estamos utilizando metodologias de prospectiva aplicada à vigilância para prever de forma antecipada, através de bancos de dados, possíveis cenários de epidemias ou potenciais pandemias, e o uso da inteligência artificial vem acelerar isso”, explicou ela.