Curso nacional qualifica profissionais para diagnóstico e enfrentamento da esporotricose
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), em parceria com o Ministério da Saúde, promoveu, entre 8 e 11 de julho, o Curso de Capacitação em Esporotricose. A iniciativa reuniu profissionais de saúde de 16 estados brasileiros no Rio de Janeiro com o objetivo de fortalecer o diagnóstico e o controle da doença, que é de notificação compulsória no Brasil.
Participaram representantes dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen), secretarias estaduais e municipais de saúde e instituições acadêmicas. O curso abordou aspectos clínicos, laboratoriais e de vigilância da doença em humanos e animais, com atividades teóricas e práticas coordenadas pela pesquisadora Rosely Zancopé, do Laboratório de Referência Nacional em Micoses Sistêmicas do INI/Fiocruz.
A programação incluiu temas como taxonomia e ecoepidemiologia dos fungos do gênero Sporothrix spp., manejo clínico-terapêutico, métodos laboratoriais de diagnóstico e estratégias de prevenção e vigilância. A capacitação também avaliou o nível de conhecimento dos participantes, antes e depois das aulas, com foco na ampliação da capacidade técnica local.
Segundo Leila Vânia de Almeida Silva, representante do Lacen de Pernambuco, o curso proporcionou aprendizados aplicáveis ao diagnóstico e tratamento da doença: “Tenho muito a levar para Pernambuco. Foi uma oportunidade importante.” Thaís Freitas, farmacêutica do Lacen Ceará, destacou a importância da capacitação para a melhoria dos exames laboratoriais: “Vi que trabalhávamos de uma forma que não era ideal. Agora vamos levar melhorias com os aprendizados do curso.” Já Álvaro Ferreira Junior, médico veterinário da Universidade Federal de Goiás, ressaltou o caráter integrador da formação: “Foi um período de imersão aprendendo sobre todos os aspectos da esporotricose animal e humana.”
Desde 2013, o INI/Fiocruz atua como centro de referência nacional em esporotricose e promove ações de capacitação baseadas na abordagem de “Uma Só Saúde”, que reconhece a interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental.








