INI e Cesteh/ENSP promovem oficina sobre paracoccidioidomicose, doença negligenciada e ocupacional
Karina Burini
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP/Fiocruz) realizarão, no dia 16 de outubro, a Oficina Paracoccidioidomicose (PCM) – Endemia Latino-Americana e Doença Ocupacional Negligenciada. O evento acontecerá no auditório da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, com o objetivo de destacar a PCM, uma endemia latino-americana causada por fungos do gênero Paracoccidioides. Cerca de 80% dos casos globais da doença são registrados no Brasil.
A oficina abordará temas como o impacto das micoses na saúde pública, aspectos socioepidemiológicos, diagnóstico e tratamento da PCM, além de sua classificação como doença ocupacional. A coordenação destaca que 50% dos casos de PCM ocorrem em trabalhadores rurais, seguidos por trabalhadores da construção civil, muitos dos quais migraram do campo para as cidades.
Também serão discutidas as recentes transformações no campo brasileiro, com foco no uso de agrotóxicos, especialmente fungicidas, e seus efeitos na saúde humana e ambiental. O evento incluirá uma análise da PCM no contexto do Observatório do Impacto das Doenças Infecciosas no Trabalho (DIT), e a tarde será dedicada à elaboração de propostas de intervenção.