O Centro Hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) teve um papel vital no enfrentamento da epidemia da covid-19 no Brasil. Ele foi erguido no Campus da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, em tempo recorde de sete semanas. Ficou pronto em 17 de maio de 2020, oferecendo 195 leitos de tratamento intensivo, apenas dois meses após a Organização Mundial da Saúde ter classificado o surto da doença como uma pandemia.
O novo hospital é um importante legado desta época de enfrentamento da covid-19 que o INI/Fiocruz deixa para a saúde pública. Entre maio de 2020 e agosto de 2025, o Centro Hospitalar registrou 13.708 internações, alcançando uma taxa média de ocupação de 88%.
Desde 2022, atende pacientes com diversas doenças infecciosas, como aids, Doença de Chagas, HTLV1, micoses profundas (paracoccidioidomicose, esporotricose disseminada, histoplasmose e criptococose), malária, tuberculose, dengue, leptospirose, entre outras.
Embora a pandemia tenha terminado, o INI/Fiocruz mantém-se na linha de frente no enfrentamento das sequelas da covid-19. O Instituto inaugurou, em 11 de maio de 2023, o Centro de Covid Longa, que é caracterizada pela persistência dos sintomas em pessoas com sequelas da covid-19.
Além do atendimento para tratamento e reabilitação, o Centro de Covid Longa tem como objetivo gerar evidências científicas para subsidiar a formulação de políticas públicas voltadas ao enfrentamento do impacto da doença na população brasileira e ampliar o acesso aos serviços de reabilitação no Sistema Único de Saúde (SUS).