Pesquisadora do INI recebe Prêmio Oswaldo Cruz de Tese 2025
Por Alexandre Magno
A pesquisadora e servidora do INI, Mayara Secco, do Laboratório de Pesquisa Clínica em IST, HIV/Aids (LapClin Aids), foi laureada nesta quarta-feira (15/10) com o Prêmio Oswaldo Cruz de Tese (Poct 2025), na área de Medicina. A solenidade ocorreu dentro do evento Educação na Fiocruz 2025, que homenageou os professores pela data em que a profissão é celebrada, além de premiar outros alunos. O evento ocorreu no auditório do Museu da Vida.
A tese vencedora da pesquisadora foi Infecções Sexualmente Transmissíveis em Perspectiva: da Prevenção Combinada à Vigilância de Infecções Emergentes, com a orientação dos pesquisadores Beatriz Grinsztejn e Thiago Torres, defendida em 5 de junho de 2024.
Na solenidade de premiação, Mayara subiu ao palco acompanhada da vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do INI, Valdiléa Veloso, que na ocasião representou os orientadores de Mayara que não puderam comparecer a solenidade.
Valdiléa Veloso, em sua fala, destacou o interesse e entusiasmo de Mayara desde a sua residência médica em Infectologia, depois no Mestrado e no Doutorado, todos no INI. “Mayara desde que chegou no INI foi uma inspiração para todos nós pela disposição de fazer e transformar”. Valdiléa ressaltou ainda a importância do reconhecimento institucional para os jovens pesquisadores.
Em seu discurso, Mayara agradeceu nominalmente aos colegas do LapClin Aids, aos seus familiares, amigos e pacientes. Ela reverenciou ainda a sua orientadora, Beatriz Grinsztejn, e o seu co-orientador, Thiago Torres, o diretor do INI, Estevão Portela, e toda equipe do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu do INI. “Eu agradeço por receber hoje o prêmio e por ter me formado neste lugar que nos permite não apenas existir, mas ser, resistir, viver e sorrir. Aqui a gente faz saúde com muito afeto – sigamos!”, concluiu sob aplausos o seu discurso. Assista solenidade aqui.





Em conversa com a Assessoria de Comunicação do INI, a chefe do LapClin Aids, Beatriz Grinsztejn – e presidente da International Aids Society -, destacou o brilhantismo da ex-orientanda. “Mayara foi uma aluna absolutamente excepcional. Ela trabalhou com o tema quando estávamos vivenciando uma emergência sanitária, e construindo uma resposta ágil e eficiente. E em cima disso se construiu uma tese de doutorado riquíssima, que eu tive o privilégio de orientar”. Beatriz enfatizou também a jornada da pesquisadora no INI. “Imediatamente depois dessa defesa de doutorado que deu origem a esse prêmio, Mayara fez o concurso público da Fiocruz e é agora a mais nova servidora do INI. Então é muito incrível ter participado desse ciclo de crescimento da Mayara.”
Mayara é médica infectologista e fez o seu Mestrado e Doutorado no INI, onde também foi empossada neste ano como servidora pública, selecionada no último Concurso Público promovido pela Fiocruz, em 2024.
Em entrevista, Mayara explicou que a sua tese de doutorado articula conhecimentos adquiridos a partir da dinâmica das infecções sexualmente transmissíveis (IST) no âmbito do projeto ImPrEP e também da vigilância da mpox enquanto IST emergente. Ela lembrou que o trabalho teve como produto a publicação de seis artigos científicos e os resultados parciais foram premiados anteriormente (IAS/ANES Lange/van Tongeren Prizes for Young Investigators).
“Espero que os resultados da tese possam contribuir para um melhor entendimento no campo das infecções sexualmente transmissíveis e da prevenção combinada, contribuindo ainda para o fortalecimento da atenção integral no contexto da saúde sexual, contra o estigma e a discriminação que perpetuam as vulnerabilidades relacionadas às infecções sexualmente transmissíveis”, reforçou a pesquisadora em seu discurso.
O Prêmio Oswaldo Cruz de Teses (Poct) visa distinguir teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diversas áreas temáticas de atuação da Fundação Oswaldo Cruz.
Concorreram ao prêmio deste ano teses de doutorado que tenham sido defendidas entre os meses de maio de 2024 e abril de 2025 nos cursos da Fiocruz e de cursos nos quais a Fundação participa de forma compartilhada, e que sejam registrados na Coordenação-Geral de Educação (CGE).
A Comissão Julgadora dos trabalhos foi formada por membros externos à Fiocruz, levando em conta o número de inscritos em cada área: Ciências Biológicas Aplicadas e Biomedicina; Medicina; Saúde Coletiva; Ciências Humanas e Sociais.