Dengue em pauta: Bio e INI apresentam panorama dos estudos sobre a doença
Priscila Sarmento
O vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Marcos Freire, e a infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Jois Ortega, concederam, hoje, entrevista à TV Brasil sobre as pesquisas e avanços no combate à dengue. Freire apresentou os estudos para desenvolvimento da vacina e Ortega explicou as formas de controle do vetor e o tratamento. A vacina dengue está sendo desenvolvida por Bio-Manguinhos em colaboração com o laboratório britânico GlaxoSmithKline (GSK.) Após testes em camundongos, em 2013, serão feitos testes em macacos, como parte dos estudos pré-clínicos. A próxima etapa será o início dos testes clínicos em humanos, prevista para ocorrer em 2015-2016. “Nossa vacina está em fase pré-clínica e deverá proteger contra os quatro sorotipos do vírus”, acrescentou Freire.
Em 2009, Bio e GSK firmaram acordo de pesquisa e desenvolvimento para a obtenção de uma vacina inativada tetravalente para a dengue. Freire considera que o maior desafio é produzir uma vacina que possibilite resposta balanceada e duradoura contra os quatro sorotipos do vírus.
Transmissão e tratamento
Jois Ortega explicou como ocorre a transmissão da doença e as formas de controle do vetor. “O mosquito está na natureza. O que podemos fazer é conter a transmissão do vetor”, ressaltou a pesquisadora do INI. Para a infectologista, é preciso estar atento aos sintomas da doença para saber se ela se agravou. “Dor abdominal, diminuição do volume de urina, sangramentos pequenos podem indicar a apresentação mais grave da doença”, alertou. Ortega diz que ainda não há um medicamento especifico para combater o vírus, por isso, é importante tratar os sintomas. “Caso apresente algum dos sintomas, é necessário procurar ajuda médica imediatamente, evitando a automedicação”, conclui.
Fonte: Isabela Pimentel (Comunicação de Bio-Manguinhos)