Encontro mensal no INI oferece música clássica aos frequentadores do campus de Manguinhos
Juana Portugal
Democratizar a música clássica. Foi com esse intuito que o Dr. Manoel Paes de Oliveira Neto criou o projeto Interlúdio Musical no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI). “Procuro apresentar didaticamente o sentido das peças. A ideia principal é mostrar que a música clássica não é elitista”, explica. “Todos reconhecem um trecho de ‘A Flauta Mágica’ que toca no telefone, por exemplo, mas não sabem o que é”. O programa é apresentado mensalmente, das 12h às 12h50, no auditório do Pavilhão Ensino do Instituto.
Formado em medicina pela UFRJ, Manoel está na Fiocruz desde 1968 e já foi presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Alergia. Dono de uma coleção que chega a 3 mil CDs e 1600 DVDs, o pesquisador explica que a paixão pela música é de família. “Estudei música desde criança e meus pais costumavam promover saraus. A paixão começou de fato aos 11 anos, fiquei encantado quando assisti ‘Fidélio’, única ópera de Beethoven, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro” lembra.
Com o objetivo de compartilhar esta experiência o Dr. Manoel deu início ao projeto em 2010. Naquele primeiro momento foi batizado como “Música para dietas”, uma brincadeira sobre o horário do evento, que aproveita o intervalo do almoço. “Todos passaríamos a nos alimentar de música e ficaríamos magrinhos”, diverte-se o professor. O projeto ficou em suspenso durante uma licença médica do pesquisador, mas foi retomado em setembro de 2014 graças ao incentivo da Dra. Léa Camillo-Coura, Coordenadora do Comitê de Ética na Pesquisa do INI, quem também sugeriu a mudança de nome para “Interlúdio Musical”.
Desde sua primeira edição o projeto tem como característica edições temáticas. “Queria mostrar os diversos aspectos da música, o que é uma orquestra, os principais instrumentos solistas, movimentos de dança, entre outros temas, e ilustrar o assunto com fragmentos de obras selecionadas”, explica o professor, que aproveita o acesso fácil que a internet propicia para obter vídeos de qualidade das peças que estão em domínio público. “O programa sempre tem início com uma breve explicação sobre o que vamos ouvir, apresentando termos musicais, o contexto histórico das obras, notas biográficas sobre o compositor, entre outras informações de interesse”, explica Manoel.
O convite para participar do Interlúdio está aberto a todos!