Dia do Meio Ambiente é comemorado com trilha Ecológica
Priscila Sarmento
O Laboratório de Pesquisa em Epidemiologia e Determinação Social da Saúde do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), realizou no dia 05 de junho em parceria com o Museu da Vida, a Trilha Histórico-Ecológica que contou com a participação de membros da Associação Lutando pra Viver Amigos e Trabalhadores do INI. O objetivo desta trilha foi despertar o interesse do grupo sobre a história, a natureza e outras curiosidades sobre plantas e patrimônio ambiental do campus de Manguinhos, através de uma caminhada lúdica e interativa, que envolveu a observação, a descoberta, a pesquisa e até mesmo a experimentação. Este projeto vem sendo realizado desde 2010, com atividades de promoção da saúde no Dia Mundial do Meio Ambiente, com a finalidade de produzir e aplicar conhecimento ambiental, visando a qualidade da assistência à saúde da população.
Antes de iniciar a trilha, o grupo recebeu um kit (o livro Voo pela Fiocruz: Guia de aves do Campus e uma camiseta da Semana do Ambiente “Acorda Brasil: entre em campo por um futuro melhor”, verde e amarela, uma analogia a Copa do Mundo. O grupo composto por 15 participantes foi guiado pelos biólogos, mediadores do Museu da Vida e curadores da exposição ‘Dengue’, Waldir da Silva Ribeiro e Miguel de Oliveira e acompanhado por Claudia Teresa, chefe do laboratório e coordenadora do projeto ‘Determinantes Sociais da Saúde no âmbito da Epidemiologia Social: desdobramentos de promoção da saúde no acesso ao conhecimento científico’.
O grupo foi também a exposição ‘Dengue’, que reúne informações sobre a doença, seus principais sintomas e suas complicações, em universo multimídia, interativo, divertido e ilustrado, incluindo a observação com uso de microscópio, informações sobre a virose em tempo real. A exposição começa com uma escultura do mosquito (Aedes aegypti), de mais de 2 metros, que recepciona o visitante na entrada da sala de exposição. “Assistimos ainda a exibição do vídeo, um documentário O mundo macro e micro do mosquito Aedes aegypti. A mensagem que queríamos passar para o grupo foi a conscientização da preservação do ambiente e que a doença mata, mas pode ser evitada com o controle do mosquito”, comenta Claudia.
A coordenadora conclui que objetivo é construir novas práticas de promoção da saúde e formas de produção de conhecimento compartilhado entre pesquisadores, profissionais de saúde e a comunidade visando a divulgação científica. “O desenvolvimento de novas estratégias de investigação coletiva, como as ações de popularização do conhecimento científico são ferramentas essenciais para a promoção da saúde, para melhoria da qualidade de vida da população e consequentemente o controle das doenças infecciosas, crônico-degenerativas, e outros agravos à saúde”.
A relevância dos aspectos sociais na epidemiologia vem possibilitando o entendimento da influência do meio físico e social no estado de saúde do indivíduo, e desta forma abrindo novos caminhos no campo da infectologia. Ações como estas podem oferecer uma contribuição significativa à pesquisa clínica, como a melhoria da adesão aos projetos de pesquisa e complementar os estudos clínicos-epidemiológicos. No projeto, as interações contínuas e permanentes entre profissionais de saúde, pacientes e seus familiares são essenciais para alcançar nossos objetivos.