Diretor do NIH ministra palestra em auditório lotado no Museu da Vida
Priscila Sarmento
Na última sexta-feira (23/05), a Fiocruz em comemoração aos 114 anos, recebeu a ilustre visita de um dos cientistas mais respeitados da atualidade, Francis Collins, líder do projeto Genoma Humano e diretor dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, sigla em inglês). Francis ministrou sua palestra sobre os avanços científicos conduzidos pelo instituto. Falou sobre os avanços que a ciência tem dado no Brasil e disse estar muito satisfeito com essa parceria. Contou um pouco sobre a pesquisa do Genoma Humano que é um dos responsáveis por um feito espetacular da ciência moderna: o mapeamento do DNA humano, trabalhando no que há de mais moderno em torno do estudo que é o código da vida. Com isso, tornou-se o cientista que mais rastreou genes com a finalidade de encontrar tratamento para diversas doenças.
O pesquisador citou os principais pontos de parcerias com as instituições brasileiras: o aproveitamento de conhecimentos e tecnologias para melhorar o estudo da biologia e da doença, a renovação da ciência translacional em novos tratamentos e curas que possam chegar aos pacientes de maneira mais eficaz, a melhoria dos cuidados de saúde através da ciência. Collins cita também a importância na saúde global e da renovação da comunidade de pesquisa biomédica. “As doenças não tem fronteiras, a saúde global é primordial para as pesquisas.”
Collins também apresentou o mais novo projeto do NIH, a Iniciativa Brain, faz parte de um novo foco destinado a revolucionar a compreensão do cérebro humano. Ao acelerar o desenvolvimento e aplicação de tecnologias inovadoras, os pesquisadores serão capazes de produzir uma nova imagem dinâmica revolucionária do cérebro que, pela primeira vez, mostra como as células individuais e circuitos neurais complexos interagem no tempo e no espaço. Desejada por pesquisadores que procuram novas formas de tratar, curar e até mesmo prevenir distúrbios cerebrais, esta imagem irá preencher grandes lacunas no conhecimento atual e oferecer oportunidades sem precedentes para explorar exatamente como o cérebro permite que o corpo humano registre, processe, utilize, armazene e recupere grandes quantidades de informações, tudo na velocidade do pensamento.
Logo após a palestra, Collins e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, assinaram uma carta de intenções de cooperação entre as duas instituições. Essa carta tem a finalidade de renovar e atualizar as intenções entre o NIH e a Fiocruz, trabalhando na cooperação, no campo da pesquisa biomédica e na saúde pública. A parceria terá como foco o desenvolvimento de sistemas de saúde; melhorias da promoção, prevenção, controle e tratamento de doenças infecciosas e parasitárias; e enfermidades não transmissíveis.