Pesquisadores do INI são contemplados no programa Jovem Cientista do Nosso Estado 2014
Carolina Landi
O Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz) teve projetos de três pesquisadores do seu quadro contemplados pelo programa Jovem Cientista do Nosso Estado (JCNE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj): “Identificação e georreferenciamento das espécies causadoras das Leishmanioses no estado do Rio de Janeiro: um estudo de 15 anos”, de Maria de Fátima Madeira, “Análise da performance cardíaca com uso de novos métodos ecocardiográficos (ecocardiografia tridimensional e deformação bi-dimensional) e de seu valor prognóstico em pacientes com Doença de Chagas”, de Roberto Saraiva e “Avaliação dos padrões celulares e imunológicos de cães imunizados com duas vacinas contra Leishmaniose Visceral”, de Fabiano Borges Figueiredo.
Para o pesquisador do Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses (LapClin Dermatozoo). Fabiano Figueiredo, a inclusão no programa é um “reconhecimento pelo trabalho desenvolvido”. “Por ser um auxilio muito concorrido, acaba se tornando um prêmio para o pesquisador contemplado”.
O projeto do pesquisador Roberto Saraiva, do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doença de Chagas (LapClin-Chagas), aborda de que forma novas técnicas de imagem cardíaca, como a ecocardiografia tridimensional e a análise da deformação miocárdica (associadas a dosagens de biomarcadores) podem auxiliar a melhorar a capacidade de detectar acometimento do coração e de avaliar o prognóstico destes pacientes.
“Desta forma, pretendemos determinar o valor prognóstico combinado destas variáveis para identificar quais pacientes têm maior risco de progredir para a forma cardíaca ou de apresentar eventos cardíacos”, explica Saraiva, que é médico cardiologista. A doença de Chagas ainda é importante problema de saúde pública no Brasil, onde há cerca de 4,6 milhões de portadores crônicos da doença dos quais cerca de 20 a 30% possuem a forma cardíaca ou irão evoluir da forma indeterminada para a forma cardíaca. “Não há marcadores confiáveis de quais pacientes na forma indeterminada evoluirão para a forma cardíaca e quais pacientes nos estágios iniciais da forma cardíaca terão pior prognóstico”.
Programa Jovem Cientista do Nosso Estado
O programa visa apoiar projetos coordenados por pesquisadores em uma fase intermediária de sua carreira acadêmica (até dez anos de doutoramento. Nesse programa, os pesquisadores que buscaram renovar suas bolas tiveram que comprovar, obrigatoriamente, um mínimo de três atividades científicas ou tecnológicas, sejam palestra, curso, exposição etc., realizadas em escolas públicas (dos níveis fundamental ou médio) sediadas no estado do Rio de Janeiro, durante a vigência de sua bolsa.
A entrega dos termos de outorga aos contemplados no edital foi realizada em cerimônia no Palácio Guanabara, em 26 de novembro, com a presença do governador Luiz Fernando Pezão e do secretário de C&T Alexandre Vieira.